O Estado tem identificados 4.000 imóveis como devolutos que vão dar lugar a quase 8.000 casas. A garantia foi dada esta quarta-feira (22 de março de 2023) na Assembleia da República (AR) pelo primeiro-ministro António Costa. O programa do Governo Mais Habitação parece estar sob fogo cruzado, sendo muito criticado por várias personalidades e por players do setor imobiliário e da construção.
“Procedemos a uma identificação dos milhares de imóveis devolutos do Estado. 4.000 imóveis que podem dar lugar a 7.925 fogos”, indicou António Costa no debate sobre política geral no Parlamento. Segundo o Jornal de Negócios, que cita o chefe de Governo, há neste momento “intervenções em curso entre o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) e os municípios”.
A resposta de António Costa surgiu em resposta ao deputado do PSD Joaquim Miranda Sarmento, que acusou o Executivo de ter sido pouco ambicioso no programa Mais Habitação, que “tem medidas positivas, mas falha em boa parte”.
“Já abrimos o melão, já o provámos e o melão não é bom", acrescentou, fazendo referência às palavras do Presidente da República, que disse ser preciso esperar para abrir o melão e ver se era bom quando questionado sobre o pacote do Executivo para a habitação.
Inspirando-se também nas palavras de Marcelo Rebelo de Sousa, o líder do grupo parlamentar do PSD voltou afirmou que o pacote Mais Habitação é “um programa cartaz". O primeiro-ministro respondeu com o histórico dos Governos PS desde 2016: “Não começámos pelo telhado, mas pelas fundações e em 2016 lançámos uma nova geração de políticas de habitação e em 2019 este Parlamento aprovou a primeira Lei de Bases da Habitação".
Por: Idealista