Em 2019, foram realizados 104.304 reembolsos antecipados totais ou parciais em contratos de crédito à habitação, no total de 4,9 mil milhões de euros.

Em termos globais, o mercado de crédito à habitação em Portugal voltou a crescer em 2019, ainda que de forma menos expressiva do que nos quatro anos anteriores, tal como explicou o idealista/news neste artigo. 

Entre outros indicadores, e tal como se pode ler no Relatório de Acompanhamento dos Mercados Bancários de Retalho de 2019, divulgado pelo Banco de Portugal (BdP), o ano passado ficou marcado por uma subida no número de reembolsos antecipados, ainda que com um montante médio por reembolso mais reduzido.

No total, foram realizados 104.304 reembolsos antecipados totais ou parciais em contratos de crédito à habitação, correspondentes a um capital amortizado de 4,9 mil milhões de euros.

Segundo dados do BdP, no ano passado registaram-se 77.266 reembolsos antecipados totais em contratos de crédito à habitação (mais 5,4% do que em 2018), aos quais correspondeu um montante reembolsado de 4,4 mil milhões de euros (mais 3,8% do que em 2018).

Esta evolução resultou numa diminuição do montante médio reembolsado, de 58.365 euros, em 2018, para 57.526 euros, em 2019.

 Em 2019, cerca de 29% dos reembolsos antecipados totais tiveram valores inferiores ou iguais a 25 mil euros e mais de metade dos reembolsos (52,5%) não ultrapassaram os 50 mil euros. Os reembolsos antecipados totais envolvendo montantes superiores a 100 mil euros representaram 15,7% do total.

«Os contratos de crédito à habitação objeto de reembolso antecipado total tinham um prazo inicial médio de 32,4 anos e, no momento do reembolso antecipado, o prazo remanescente médio era de 20,3 anos.

O prazo remanescente não ultrapassava os 9,7 anos em um quarto dos reembolsos realizados e, em metade dos reembolsos, este prazo não ultrapassava os 20,6 anos.

 Em 75% dos reembolsos, o prazo remanescente era inferior a 31 anos», refere o regulador.

No que diz respeito aos reembolsos antecipados parciais, foram realizados 27.038.

Ainda assim, o montante de crédito reembolsado diminuiu para 407 milhões de euros (menos 8,3%, face a 2018), o que resultou numa diminuição no montante médio por reembolso, de 16.781 euros, em 2018, para 15.067 euros, em 2019.

Em 46,4% dos reembolsos antecipados parciais, o montante entregue não superou os 5.000 euros.

Por outro lado, em 23,2% dos casos o montante reembolsado foi superior a 17.500 euros.

Por: Idealista