Por: Marisa Alves Médica Interna na Unidade de Saúde Familiar (USF) Lauroé Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve

A nutrição está em constante evolução sendo fundamental capacitar os pais e cuidadores de crianças que iniciarão a alimentação complementar de forma que esta seja adaptada à sua realidade, supra as necessidades nutricionais da criança e garanta o seu saudável desenvolvimento.

A introdução alimentar deve ser iniciada entre os 4 e os 6 meses de idade, como complemento à alimentação láctea (leite materno ou artificial), e deve ser mantida até aos 2 anos, se possível. A partir desta idade, a alimentação láctea deixa de conseguir suprir as necessidades nutricionais do bebé, principalmente em proteínas, gorduras, ferro, zinco, vitamina A e D, necessárias para o seu crescimento e desenvolvimento. Segundo as últimas recomendações da Organização Mundial de Saúde, todos os alimentos podem ser oferecidos ao bebé, desde o início da introdução alimentar, tendo em conta a cultura e disponibilidade alimentar familiar, não existindo nenhuma regra definida quanto à sequência da introdução dos diferentes alimentos. Em relação aos alimentos potencialmente alergénicos, como leite de vaca, ovo, trigo, peixe e frutos secos, devem ser introduzidos um de cada vez, com espaçamento de 3 dias entre eles, não devendo ser atrasada nem evitada a sua introdução.

Existem vários modelos de alimentação complementar, nomeadamente o método tradicional, baby-led weaning (BLW) e baby-led introduction to solids (BLISS), cada um com as suas particularidades.

A alimentação no primeiro ano de vida irá influenciar as preferências alimentares futuras da criança e ter impacto na sua saúde a longo prazo. Por este motivo, torna-se importante iniciar a alimentação complementar na janela etária correta, favorecendo uma dieta variada e equilibrada.

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