por Teresa Lourenço | Membro Efetivo da Ordem dos Nutricionistas | tmlourenconutricao@gmail.com

Antes o vinho era considerado uma dádiva e só estava ao alcance da classe alta, hoje é uma bebida comum.

Um estudo com o povo francês revelou que, apesar do seu consumo excessivo de gorduras saturadas, existe menor incidência de doenças cardiovasculares do que acontece com os outros europeus e com os americanos; a conclusão do estudo atribui ao fenómeno o facto dos franceses consumirem vinho tinto diariamente às refeições.

Desde que não haja contraindicações à ingestão de álcool, é possível cultivar o prazer de beber um bom vinho e ainda agregar benefícios para a sua saúde.

As particularidades positivas que a bebida dos Deuses podem incrementar no individuo, só se observam com um consumo moderado (1 copo – 150ml - mulheres e 2 copos – 300ml - homens por dia), caso a ingestão seja superior, o efeito poderá ser antagónico.

O consumo moderado pode conferir qualidades ansiolíticas e /ou euforizantes. Pese embora, não se esqueça que o álcool tem calorias (7kcal/g) e por isso, o seu consumo conta para o seu cálculo calórico diário.

Quanto mais doce for a uva maior é o teor alcoólico e mais calorias tem.

O vinho possui: 85 – 90% de Água; 7 - 24% de Álcool; 1 – 8% de Ácidos e Açúcares provenientes da uva que depois são convertidos na fermentação em álcool; Vitaminas, Minerais, Conservantes; Polifenóis e 8,5 a 15% de Graduação alcoólica

Em média 1 copo de vinho: Tinto – 99kcal; Verde tinto – 86kcal; Branco–108kcal; Verde Branco – 89kcal; Rosé – 107kcal; Moscatel – 124kcal

No Vinho tinto a uva é fermentada com pele e sementes (contrariamente aos outros tipos de vinho), o que fomenta o ganho de caraterísticas nutricionais positivas. Este goza de inúmeros polifenóis, o que lhe confere potencial antioxidante e anti-inflamatório isto é, proteção contra os radicais livres produzidos diariamente devido a agentes agressores como o sol, stress, álcool, tabaco, etc. O polifenol com maior destaque no vinho é o Resveratrol.