por Natália Dias Pereira Salvador Sousa

Todo o órgão é precioso

Nenhum posso dispensar

Mas como que os ponde em repouso

Só das mãos eu vou falar.

 

Minhas mãos, queridas mãos

Que a Deus possam agradar

Todos os órgãos e as minhas mãos

Deu-me Deus para eu me governar.

 

Assim, minhas queridas mãos

Toda a vida tão aplicadas

Defensoras dos outros órgãos

Estas mãos nada estimadas.

 

Queridas mãos, o que já fizeram

Sem reclamar estimação

Sempre prontas obedeceram

Ao que manda o cérebro e o coração.

 

Minhas mãos abençoadas

Nada importa se não estão bonitas

Para tanto estão preparadas

Para as usar, me foram feitas.

 

Lindos desenhos, belos penteados

E cavam terra com prazer

Escrevem poemas, tão sentidos

Só lhes posso agradecer.

 

Muito as mãos me têm feito

Mais do que eu supus

E a mando do cérebro e do peito

Com elas falo, o sinal da cruz.

 

Que as minhas mãos, boas obras façam

Que a Deus possam agradar

Que as mãos e todos os órgãos possam

Sempre, e em tudo, se ajudar.

 

Não me estou a sentir bem

Faz-me sentir entristecida

Por não falar agora, da preciosidade

Que têm

Todos os órgãos, para a minha vida.