Estas obras, por responsabilidade do anterior Governo PSD/CDS, sofreram múltiplas vicissitudes, que muito penalizaram a comunidade escolar. Após seis longos e penosos anos, as obras de requalificação foram finalmente concluídas no ano letivo de 2014/2015.
A comunidade escolar tinha a legítima expetativa que, na sequência destas obras de requalificação, a Escola fosse dotada de instalações modernas e bem equipadas que contribuíssem para uma melhoria do processo de educativo. Contudo, não foi isto que aconteceu.
Além de as instalações e espaços desportivos serem desadequados (situação abordada numa outra pergunta ao Governo), a Escola Secundária de Vila Real de Santo António não possui equipamento informático e tecnológico em diversos espaços escolares: 18 salas não possuem videoprojector, nem tela de projeção; 20 salas de aula não têm computador; vários espaços de atividade letiva não possuem pontos de rede ou cobertura wi-fi.
A comunidade escolar não compreende que umas obras de requalificação da envergadura e custo daqueles que foram realizadas na Escola Secundária de Vila Real de Santo António não contemplem o apetrechamento informático e tecnológico das salas de aulas e de outros espaços letivos.
A estas insuficiências, acresce ainda a falta de bancadas adequadas nas oficinas de mecânica e de eletricidade. Nestes espaços, usaram-se mesas de sala de aula para improvisar bancadas, com óbvios problemas de segurança para alunos e professores.
Apesar de as obras de requalificação terem sido concluídas recentemente, há já sinais de deterioração: soalho levantado em alguns espaços, fissuras nas paredes e nos tetos, portas empenadas, placas de revestimento das paredes exteriores empenadas.
A Parque Escolar mantém um técnico de manutenção em permanência na Escola Secundária de Vila Real de Santo António, a quem compete fazer pequenas intervenções de reparação e manutenção, assim como verificar e acompanhar diversos equipamentos técnicos (ar condicionado, caldeira para aquecimento de água, quadros elétricos, central de alarme de incêndios, sistema de rega, etc). Refira-se que a Escola Secundária de Vila Real de Santo António paga, por mês, 20 mil euros à Parque Escolar pela manutenção da Escola, além de uma renda mensal de 40 mil euros.
O técnico de manutenção da Parque Escolar foi retirado no passado dia 1 de abril e ainda não foi substituído, pelo que diversos equipamentos técnicos da Escola Secundária de Vila Real de Santo António não têm qualquer verificação e acompanhamento, situação que levanta legítimas preocupações à comunidade escolar, nomeadamente ao nível da segurança. Refira-se, a este propósito, que o prazo para a vistoria às instalações de gás da cozinha foi ultrapassado, sem que a Parque Escolar atuasse em tempo útil.
Assim, o Grupo Parlamentar do PCP, por intermédio do deputado Paulo Sá, eleito pelo Algarve, questionou o Ministro da Educação (pergunta em anexo) sobre as medidas que irão ser tomadas para dotar a Escola Secundária de Vila Real de Santo António de equipamento informático e tecnológico adicional, suprindo as falhas que atualmente se verificam, e de equipamento adequado para as oficinas de mecânica e de eletricidade, melhorando as condições de ensino-aprendizagem e de segurança nestes espaços letivos.
O Grupo Parlamentar do PCP questionou ainda o Ministro da Educação sobre a realização de intervenções para corrigir os problemas, entretanto detetados, como soalhos levantados, fissuras nas paredes e nos tetos, portas empenadas, placas de revestimento das paredes exteriores empenadas, etc., e sobre a colocação, pela Parque Escolar, de um técnico de manutenção Escola Secundária de Vila Real de Santo António.
Por GP PCP