O belga Gerben Thijssen (Intermarché-Wanty) venceu ontem a primeira etapa da Volta ao Algarve, uma ligação de 200,8 quilómetros, entre Portimão e Lagos, que terminou com uma disputada ao sprint. Rui Oliveira (UAE Team Emirates), sexto classificado, foi o melhor português.

O desfecho foi o esperado, premiando um dos principais favoritos para as etapas rápidas desta edição da corrida. A Arkéa-B&B Hôtels assumiu a liderança do pelotão na entrada dos últimos 3 quilómetros, mas só homens da Intermarché-Wanty foram capazes de colocar Gerben Thijssen em condições de explodir para a vitória, diante Marijn van den Berg (EF Education-EasyPost) e de Jordi Meeus (BORA-hansgrohe), segundo e terceiro, respetivamente.

Rui Oliveira, sexto classificado, foi o melhor português. Luís Mendonça (Sabgal-Anicolor), nono, foi o melhor das equipas nacionais.

A mais longa viagem da prova começou por ser animada por uma fuga que se formou ao quilómetro 11, colocando sete corredores na dianteira: Tobias Bayer (Alpecin-Deceuninck), Fábio Costa (ABTF Betão-Feirense), Tomás Contte (Aviludo- Louletano-Loulé Concelho), Diogo Narciso (Credibom-LA Alumínios-Marcos Car), Noah Campos (Kelly-Simoldes-UDO), César Fonte (Rádio Popular-Paredes-Boavista) e Gonçalo Amado (Tavfer-Ovos Matinados-Mortágua).

O pelotão nunca deu grande margem, mantendo a diferença na casa dos três minutos, durante a maior parte da tirada. Foi, todavia, a margem suficiente para Tomás Contte garantir a subida ao pódio. O argentino passou na frente nas duas montanhas do dia e garantiu a primeira Camisola Água é Vida da 50.ª edição da corrida.

Tobias Bayer foi o mais resistente dos escapados. Enquanto os restantes fugitivos do dia iam sendo alcançados, o austríaco partiu em solitário, andando mais de 30 quilómetros isolado até ser absorvido a 22 quilómetros da meta, esforço que lhe valeu a eleição de mais combativo do dia.

A aproximação à meta foi assumida com cautelas pelo pelotão, que apenas acelerou na zona protegida dos últimos três quilómetros, onde, ainda assim, se registou uma queda. Alheio aos infortúnios que se produziram atrás, Gerben Thijssen pedalou para a Camisola Amarela Turismo do Algarve. Comanda com 4 segundos de vantagem sobre Marijn van den Berg e Tobias Bayer, segundo e terceiro, respetivamente. Gerben Thijssen é também o dono da Camisola Verde Crédito Agrícola, dos pontos.

“No ano passado não consegui começar bem a época, por isso era muito importante começar bem este ano. Já tenho duas vitórias a meio de fevereiro. É incrível! E, a este nível, prova que trabalhei muito durante o inverno para conseguir estar nesta forma. Foi um sprint difícil, devido ao vento de frente e também devido à subida muito inclinada, a dois quilómetros do final. A equipa fez um trabalho extraordinário. Tive os seis colegas a lutar por mim durante toda a etapa. Amanhã vamos trabalhar para o nosso homem da geral, Rune Herregodts”, revelou o homem do dia.

A Camisola Branca IPDJ, da juventude, está em posse de Magnus Sheffield (INEOS Grenadiers). A INEOS Grenadiers comanda por equipas.

A segunda etapa, a disputar nesta quinta-feira, vai levar a caravana de Lagoa até ao Alto da Fóia, em Monchique. É uma tirada de 171,9 quilómetros, cujo final, num prémio de montanha de primeira categoria, deverá fazer uma primeira triagem entre os candidatos ao triunfo final na Volta ao Algarve.

 

FPC