RICARDO MELO GOUVEIA E FILIPE LIMA ESTÃO A MEIO DA TABELA NO MUNDIAL DA AUSTRÁLIA. A ESPANHA COMANDA

Portugal começou a 58ª edição da Taça do Mundo de profissionais com uma prestação positiva, colocando-se no 14º lugar entre 28 países, a apenas 1 posição do recorde nacional de um 13º posto em 2008. A Espanha, que procura um 5º título na competição de 7,5 milhões de euros em prémios monetários, assumiu o comando (-3).

Ricardo Melo Gouveia e Filipe Lima cumpriram a primeira volta da 58ª ISPS Handa World Cup of Golf em 74 pancadas, 2 acima do Par do Kingston Heath Golf Club, em Melbourne, na Austrália.

A seleção nacional de profissionais surge no grupo dos países 14º classificados, empatada com as suas congéneres da Austrália (a campeã em título, com Adam Scott e Marc Leishman), País de Gales (campeão em Vilamoura em 2005), Coreia do Sul, Alemanha (duas vezes campeã, em 1990 e 2006), Índia, Formosa (campeã em 1972) e Venezuela (a equipa com que Portugal emparceirou na primeira volta).

As condições de jogo no primeiro dia não foram fáceis e o inglês Paul Symes, press officer do European Tour, escreveu: «Com o vento traiçoeiro a dificultar a vida no Kingston Heath Golf Club, os birdies foram um prémio na jornada inaugural de foursomes». Foursomes é a modalidade de pares mais complicada, com pancadas alternadas, exigindo mais estratégia e complementaridade entre os jogadores.

Adam Scott, o ex-nº1 mundial que venceu a Taça do Mundo em 2013 ao lado de Jason Day e desta feita joga com Marc Leishman, também destacou a importância do vento, apesar de estar a jogar em casa: «O vento fez com que fosse muito complicado perceber o que estava a passar-se de cada vez que soprava. Nestas condições, de vento irregular, num campo desafiador, é o mais difícil para se jogar foursomes».

É neste contexto, só com seis equipas a baterem o Par-72 do campo, que deve enquadrar-se a prestação de Portugal, de 74 (+2). Lima e Melo Gouveia nem começaram mal, com 7 buracos seguidos jogados a Par e o front nine a ser concluído com birdie e Par. O pior foram os últimos nove buracos. Apenas 1 birdie, no 13, 1 duplo-bogey no 15 (Par-3) e 2 bogeys, no 11 e no 18.

«Jogámos bem praticamente o jogo todo, com boas oportunidades de birdie, mas infelizmente não conseguimos acabar da melhor maneira. Esteve bastante vento, o que tornou as coisas bastante mais difíceis», escreveu Ricardo Melo Gouveia na sua conta profissional no Facebook.

Os portugueses estão a jogar juntos pela primeira vez, sendo que, Ricardo Melo Gouveia, de 25 anos, estreia-se no Mundial, enquanto Filipe Lima, prestes a completar 35 anos, compete pela terceira vez na prova, depois de 2005 (com António Sobrinho) e 2013 (ao lado de Ricardo Santos).

A segunda volta joga-se amanhã (sexta-feira) na Austrália, mas, dada a diferença horária entre Melbourne e Lisboa, Portugal arranca ainda hoje, às 22h38 de Lisboa, 9h38 em Melbourne.

É um dia dedicado aos fourball, aproveitando-se em cada buraco o melhor resultado dos dois portugueses. É uma modalidade mais espetacular, normalmente com melhores resultados. Portugal joga com os alemães Stephan Jaeger e Alex Cejka.

A ISPS Handa World Cup of Golf é liderada pela Espanha, de Jon Rahm e Rafa Cabrera Bello, com 69 pancadas, 3 abaixo do Par, dispondo da magra vantagem de 1 pancada sobre Estados Unidos (Jimmy Walker e Rickie Fowler), França (Romain Langasque e Victor Dubuisson) e China (Li Haotong e Wu Ashun).

A Espanha, quatro vezes vencedora da Taça do Mundo, com Seve Ballesteros, José Maria Cañizares, José Rivero, Antonio Garrido e Manuel Piñero, entre 1976 e 1984, procura um primeiro título no novo século. Já os Estados Unidos são a nação dominadora do Mundial, com 25 troféus em 57 edições!

 

Por FPG