Sabia que a origem da expressão popular - “Dói-me as cruzes” - que sempre ouviu para assinalar uma dor ou desconforto na região lombar da coluna vertebral, curiosamente, tem origem na dolorosa experiência de Jesus Cristo durante a crucificação? É uma expressão vulgarmente associada ao termo médico, lombalgia (LA) ou dor lombar, que deriva da associação do latim “lumbus” (parte inferior das costas) + ”algos” (sufixo de origem grega que designa dor).
Estima-se que até 84 % dos adultos sofram um episódio de LA em algum momento das suas vidas, sendo uma das principais causas de recurso ao médico e de absentismo laboral. Apesar da sua magnitude e potencial incapacitante, raramente, é um prenúncio de doenças médicas graves.
A investigação médica tem identificado alguns fatores de risco ligados à LA: o tabagismo, a obesidade, a idade, o trabalho fisicamente exigente ou sedentário e razões psicossociais (insatisfação no trabalho, ansiedade ou depressão), entre outros.
Reconhecer estes fatores é meio caminho para ajudar a tratar o problema, nomeadamente, adotando medidas que evitem o seu agravamento ou recidiva. Sugere-se correção da postura; calor local; levantar-se, caso passe longos períodos sentado e alongar; privilegiar a atividade física, sendo o Pilates, Yoga ou Tai-Chi excelentes alternativas. Estudos recentes apontam o Mindfullness (técnica de relaxamento mente-corpo) com bons resultados no auxílio do controlo da dor.
Se a dor não aliviar, agravar ao longo do tempo com aparecimento de outros sintomas ou o(a) preocupar, solicite ajuda do seu Médico de Família, de forma a ser corretamente investigada e tratada, com recurso a medicamentos, reabilitação ou conjugando diversas terapias.
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