A poesia é linda,
Também inquietante,
E, se lhe dermos consentimento,
Não finda,
Seja de noite ou de dia,
É o escape d’uma alegria,
Do sofrimento, mais ainda.
É a via,
Por onde sincera confissão
Brota, do cérebro e do coração,
Manifesta a verdade
Que nem se sabia
Que em nós residia,
Até parece que não cabe,
E solta-se a poesia.
É envolvente,
Dá-nos alegria e sofrimento,
Até quase estranho,
A esse sentimento,
Que mal cabe na gente,
Não se explica o tamanho.
Se a ela dermos confiança,
Não tem parança,
Solta as verdades,
Grita as saudades,
Do que jamais se alcança.
Tantas lágrimas provoca,
Tantos risos também,
Fruto do que nos toca,
Que inevitavelmente, solta,
A força que ela tem.
Na escuridão,
Ou na clara luz do dia,
Na saudade e solidão,
Na ânsia da alma e do coração,
Está presente, a poesia.
e mais e mais.
