A Agência de Promoção de Albufeira (APAL) exigiu ontem ao Governo e à ANA – Aeroportos de Portugal a implementação de medidas para evitar a acumulação de passageiros no controlo de passaportes do aeroporto de Faro e esperas pelos turistas.

Manifestando a sua preocupação face à situação verificada “nos últimos dias” no Aeroporto Internacional Gago Coutinho, em Faro, a APAL lamentou a existência de “filas extensas e tempos de espera prolongados no controlo de passaportes, que em alguns casos ultrapassam as três horas”, quantificou.

“Esta realidade afeta negativamente a experiência dos milhares de visitantes que escolhem o Algarve como destino de férias, sendo Albufeira o principal destino turístico da região”, advertiu a APAL num comunicado.

A Agência de Promoção de Albufeira sublinhou que a cidade e o concelho são o destino de “um volume significativo de turistas que chegam através deste aeroporto” e a existência de tempos de espera prolongados “compromete o esforço contínuo de promoção e qualificação da oferta turística local e regional", que é realizado com o seu trabalho.

“É fundamental sublinhar que este tipo de constrangimento não decorre de uma situação pontual, mas de um problema recorrente, sobretudo em períodos de maior afluência. A repetição destas falhas compromete não só a imagem da região, como também a perceção de qualidade e eficiência dos serviços de acolhimento”, alertou.

A APAL promove a divulgação da marca Albufeira, tem o protocolo com a Câmara local para o efeito e apelou às “entidades competentes, nomeadamente ao Governo, ANA – Aeroportos de Portugal e demais autoridades envolvidas” para que adotem “medidas urgentes e estruturais” para garantir o “bom funcionamento” aeroportuário em Faro.

Só assim o aeroporto internacional Gago Coutinho terá uma resposta “condizente com a importância estratégica do turismo para a economia regional e nacional”, considerou a APAL.

A acumulação de passageiros no controlo de passaportes do aeroporto de Faro acontece devido à chegada de voos provenientes do Reino Unido, cujos cidadãos passaram a ter de efetuar esse controlo documental depois do Brexit, processo que levou à saída desse país da União Europeia.

Ao deixarem de ser cidadãos comunitários, os britânicos têm de passar no controlo aduaneiro à entrada em Portugal e mostrar o passaporte, colocando os serviços do aeroporto sob pressão, sobretudo nas épocas de maior afluência de turistas, entre abril e outubro.

 

Lusa