Não se esqueça! Na madrugada de 31 de outubro de 2021 (domingo), a hora legal muda do regime de verão para o regime de inverno.

Assim sendo, em Portugal continental e na Região Autónoma da Madeira, às 2:00 horas da manhã, atrasamos o relógio de 60 minutos, passando para a 1:00 hora da manhã.

Já na Região Autónoma dos Açores, a mudança será feita à 1:00 hora da madrugada de domingo, dia 31 de outubro, passando para as 0:00 horas, do mesmo dia.

A título de curiosidade, saiba que a ideia de alterar o tempo de acordo com o comportamento do Sol já é antiga. Os Romanos contabilizavam o tempo de forma a ajustá-lo continuamente ao comportamento do Astro-Rei. Contudo, estes conceitos de horário de verão e inverno são mais recentes. 

Em 1784, Benjamin Franklin defendeu num ensaio que a alteração da hora na primavera (mais uma hora) permitiria uma poupança considerável nas velas.

Esta teoria foi prevalencendo com mais ou menos força. É certo que o horário de verão foi implementado na Alemanha, a 30 de abril de 1916, com o objetivo de (mais uma vez) poupar energia. Em plena I Guerra Mundial, poupar na iluminação artificial e economizar combustível para depois ser usado no esforço bélico era essencial.

Muitos foram os países que seguiram o exemplo da Alemanha, como Portugal que o fez igualmente em 1916. Muitas oscilações se deram ao longo dos anos, levando os vários países da União Europeia a alternar entre mudar e não mudar a hora. No entanto, esta tornou-se definitiva em 2001, o que faz com que todos os estados-membros sejam obrigados a mudar a hora duas vezes por ano.

A discussão sobre a continuação ou não da mudança da hora dá que falar. Alteração do sono, desaproveitamento da luz solar e perda de rotinas são os argumentos mais fortes para o fim da medida. 

A proposta para abolir a mudança da hora foi apresentada em 2018 pelo executivo comunitário, mas a discussão ficou bloqueada na divergência no Conselho da UE. O nosso primeiro-ministro, António Costa, manifestou a intenção de manter o atual regime bi-horário em 2018. 

Desde ai, apesar do assunto estar sempre em cima da mesa, continuamos com a alteração da hora.

 

Por: Filipe Vilhena