A etapa de 154,3 quilómetros, entre as instalações da empresa Santos e Santos, nas Palhagueiras, e Torres Vedras, foi animada por um grupo de onze escapados, que se manteve na dianteira durante grande parte da tirada, mas que não resistiu ao calor, à dureza das cinco passagens no tradicional circuito torriense e, sobretudo, à aceleração do pelotão.
Raul Alarcón foi o mais expedito, saindo do pelotão nos dois últimos quilómetros, pouco depois de o colega de equipa Ángel Sánchez, um dos onze animadores da jornada, ter sido absorvido. Alarcón saiu com força do grande grupo, passou António Barbio (Efapel), que atacara pouco antes, e venceu pela segunda vez o circuito de Torres Vedras.
O vencedor da etapa cortou a meta com 4h00m56s, menos 5 segundos do que António Barbio, segundo classificado, embora com o mesmo tempo do pelotão, onde chegou integrado Rinaldo Nocentini, que manteve a camisola amarela no corpo.
O italiano do Sporting-Tavira conserva a vantagem de 26 segundos sobre João Benta (Louletano-Hospital de Loulé) e sobre Hernâni Broco (LA Alumínios-Antarte). Com o triunfo de hoje, Raul Alarcón subiu ao quarto posto e também passou a contar para a geral, pois está apenas a 28 segundos do primeiro.
“Já aqui tinha ganho em 2011. A vitória de hoje foi importante, porque nos permite manter na luta. A etapa de amanhã é difícil, mas tentaremos dar a volta à classificação”, promete o corredor da W52-FC Porto.
Rinaldo Nocentini está mais optimista. “Hoje foi difícil controlar a corrida, mas a equipa trabalhou bem. Estou convencido de que a etapa de amanhã será mais fácil de controlar. Só espero que a equipa recupere do esforço de hoje, porque eu sinto-me bem e a meta em alto favorece-me”, conclui o italiano do Sporting-Tavira.
A corrida termina neste domingo com a ligação de 147 quilómetros entre Atougia da Baleia e o Parque Eólico da Carvoeira. A meta coincide com uma contagem de montanha de terceira categoria, mas antes de ali chegarem os corredores terão de ultrapassar outras duas subidas pontuáveis para a classificação dos trepadores.
Rinaldo Nocentini parte para a viagem final com a Camisola Amarela Bolflex, Raul Alarcón é o dono da Camisola Cinza Modecort, dos pontos, João Benta segurou a Camisola Azul Liberty Seguros, de melhor trepador, Ángel Sánchez aproveitou a fuga de hoje para vestir a Camisola Branca Pretrab das Metas Volantes, enquanto Luís Afonso (LA Alumínios-Antarte), outro dos escapados do dia, assumiu o comando da classificação do combinado. O colombiano Aldemar Reyes (Manzana Postobon) continua dono e senhor da Camisola Laranja IPDJ, símbolo de melhor jovem.
Classificações
2.ª Etapa: Palhagueiras – Torres Vedras, 154,3 km
1.º Raul Alarcón (W52-FC Porto), 4h00m56s (Média: 38,426 km/h)
2.º António Barbio (Efapel), a 5s
3.º Sergey Shilov (Lokosphinx), mt
4.º Daniel Mestre (efapel), mt
5.º Samuel Caldeira (W52-FC Porto), mt
6.º Vicente García de Mateos (Louletano-Hospital de Loulé), mt
7.º Jimmy Raibaud (Armée de Terre), mt
8.º Sergio Andres Higuita (Manzana Postobon), mt
9.º Ángel Sánchez (W52-FC Porto), mt
10.º Yoann Barbas (Armée de Terre),mt
Geral Individual
1.º Rinaldo Nocentini (Sporting-Tavira), 9h11m28s
2.º João Benta (Louletano-Hospital de Loulé), a 26s
3.º Hernâni Broco (LA Alumínios-Antarte), mt
4.º Raul Alarcón (W52-FC Porto), a 28s
5.º José de Segóvia (Louletano-Hospital de Loulé), a 39s
6.º Mikel Bizkarra (Euskadi Basque Country-Murias), a 40s
7.º Bruno Silva (LA Alumínios-Antarte), a 52s
8.º Henrique Casimiro (Efapel), a 56s
9.º Rui Sousa (Rádio Popular-Boavista), a 1m03s
10.º Gustavo César Veloso (W52-FC Porto), a 1m18s