A Câmara de Alcoutim vai ter um orçamento de 22,6 milhões de euros em 2025, com os investimentos a absorver a maior fatia da verba devido à construção de uma ponte internacional que ligará a vila a Espanha.
A verba orçamentada para o próximo ano supera em cerca de um milhão de euros o orçamento deste ano (21,5 milhões de euros), quantificou fonte da autarquia à Lusa, precisando que o documento foi aprovado em Assembleia Municipal na passada quinta-feira, graças aos votos maioritários do PS nos dois órgãos autárquicos.
As áreas com maior peso na despesa orçamentada são os Recursos Humanos, com 22% e um valor total de 05 milhões de euros, e os investimentos, que vão absorver 51% (11,7 milhões de euros), graças à alocação de 6,4 milhões às obras da ponte Alcoutim-Sanlúcar de Guadiana, que deverá ser construída até 2026 com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Relativamente aos impostos, a Câmara de Alcoutim indicou que vai prescindir do IRS (0%) e vai aplicar 0,3% no que se refere ao Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), embora sejam aplicadas reduções a “prédio ou parte de prédio urbano destinado a habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, e que seja efetivamente afeto a tal fim”.
Serão também descontados 30 euros aos agregados com um dependente, 70 euros para os que têm dois e 140 para os que têm três ou mais, acrescentou o município, que aplicará 1,5% de Derrama às empresas com faturação superior a 1,5 milhões de euros.
“A aprovação deste orçamento contribuirá para colmatar algumas necessidades prementes no domínio da habitação, saúde e educação, com o objetivo principal de fixar e atrair população”, destacou o executivo municipal de maioria absoluta do PS, ao ser questionado sobre a importância da aprovação deste orçamento.
O executivo da Câmara de Alcoutim tem cinco eleitos, três do PS e dois do PSD, e é presidido por Paulo Paulino, que ascendeu ao cargo em abril passado, após a saída de Osvaldo Gonçalves, que atingiu o limite legal de três mandatos consecutivos e não se poderá recandidatar ao cargo nas próximas autárquicas.
Osvaldo Gonçalves passou a integrar o Conselho de Administração da Algar - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A, a empresa responsável, no Algarve, pelo sistema integrado de recolha seletiva de resíduos no distrito de Faro.
 
 
Lusa