Na capital do Algarve, a festividade, que contou com a participação do Destacamento Territorial de Faro da Guarda Nacional Republicana (GNR), força de segurança que tem Nossa Senhora do Carmo como padroeira, foi presidida pelo frei Pedro Bravo que contextualizou o sentido daquela solenidade. Para isso, o sacerdote da Ordem do Carmo recordou o acontecimento da crucifixão de Cristo. “Jesus está ali numa situação de sofrimento extremo, está dando a sua vida, e a primeira pessoa que vê junto a si é precisamente a sua mãe.
Este é o sentido da festa que estamos a celebrar. Sabemos que muitas vezes nos vemos em apuros, passamos por dificuldades, por doenças, por problemas. E nessas alturas, em que ninguém nos pode valer, de quem é que nos lembramos? De Maria, nossa Mãe do céu”, afirmou. O frei Pedro Bravo realçou que, do alto da cruz, Jesus entrega a sua mãe à humanidade como intercessora, mas também como exemplo de discípula.
“Aquela que somos chamados a imitar, estando junto das pessoas e fazendo aquilo que Maria fez: recebendo Jesus nos nossos corações para o levar ao coração dos outros. Sem preconceitos, sem fazermos divisões entre as pessoas, mas procurando construir uma humanidade una, na diferença dos seus dons, na riqueza e pluralidade das suas expressões”, afirmou o sacerdote carmelita.
Aquele responsável destacou que os fiéis são chamados a “estar junto de Jesus, contemplar o seu amor, estar ali unidos a Ele como Maria esteve”. “Somos chamados a ir ao encontro da humanidade para que Jesus possa nascer nos corações das pessoas. Estamos ali, junto de Maria, para aprender com ela a sermos cada vez mais semelhantes ao seu filho Jesus”, afirmou, considerando que os cristãos devem ajudar a apontar “caminhos de vida e de salvação”. Depois a missa decorreu então a procissão com paragem diante do quartel do Destacamento Territorial de Faro da GNR para saudação à sua padroeira.
A procissão com o Santo Lenho e a imagem da padroeira contou com a participação do Agrupamento 98 do Corpo Nacional de Escutas, de uma representação da Ordem Franciscana Secular e da banda da Sociedade Filarmónica Artistas de Minerva de Loulé. O préstito, com o andor e o pálio transportados por um pelotão de praças da GNR e por elementos do Moto Clube de Faro, contou também com a participação do presidente da União de Freguesias de Faro.
Por: Folha do Domingo