O secretário-geral do PS, António Costa, defendeu hoje, 2 de fevereiro, uma política fiscal que aposte numa visão global sobre os impostos e não parcelar como a que considera que tem sido aplicada pelo atual Governo.

À margem de um encontro com empresários e dirigentes associativos e políticos algarvios, António Costa reagiu às afirmações do primeiro-ministro de que o Governo está empenhado no desagravamento fiscal no IRC para atrair mais investimento para Portugal e criar mais emprego.

“É necessário termos uma nova fiscalidade mas que deve ser equilibrada e não devemos ver os impostos isoladamente”, afirmou António Costa.

Segundo o dirigente socialista, a visão sobre o sistema fiscal deve ser ampla e ter em conta todos os impostos e o impacto que têm nos setores empresariais.

“O Governo tem insistido numa visão parcelar sobre o nosso sistema fiscal, nós temos de ter uma visão global. É nisso que temos insistido e por isso não temos acompanhado o Governo nessa política”, prosseguiu.

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, vincou no sábado o "compromisso de honra" do Governo em prosseguir o desagravamento fiscal no IRC, para atrair mais investimento para Portugal e criar mais emprego.

"É um compromisso de honra que prosseguiremos o desagravamento fiscal no IRC", afirmou Passos Coelho, durante uma visita à fábrica da Continental Mabor, em Vila Nova de Famalicão.

 

Por Lusa