– A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL)

 realiza no próximo dia 17 de dezembro, entre as 17h e as 20h, um webinar para esclarecer algumas dúvidas e receios associados ao diagnóstico de linfoma.

O objetivo é que esta sessão seja mais uma ferramenta de apoio para que os doentes percecionem que esta é uma patologia que conta com cada vez mais e melhores tratamentos.

Maria Gomes da Silva, hematologista e membro do conselho de administração da APCL, afirma que «o diagnóstico de linfoma é sempre um choque para o doente e a sua família. Uma vez que são doenças oncológicas, inspiram preocupações pois estão, por vezes, associadas a tratamentos complexos, com efeitos secundários, e administrados por equipas médicas de especialistas muito diferenciados. Contudo, é importante explicar aos doentes que é possível ter bons resultados no tratamento destas patologias.»

O webinar será composto por quatro intervenções para abordar os diferentes tipos de linfomas.

A sessão arranca com o Dr. João Raposo, do Hospital de Santa Maria, sobre «Linfomas não Hodgkin indolentes».  

A segunda e terceira sessão contam com a presença da Dra. Rita Coutinho, do Hospital de Santo António, e da Dra. Marília Gomes, do CHUC de Coimbra, para explorar os «Linfomas não Hodgkin agressivos» e os «Linfomas de Hodgkin», respetivamente.

A iniciativa acaba com o tema «Toxicidades tardias do tratamento», apresentado pela Dra. Francesca Pierdomenico, do IPO de Lisboa.

Com moderação do jornalista Paulo Farinha, o evento conta ainda com algum tempo entre as sessões para que os doentes possam colocar as suas dúvidas, interagindo diretamente com o médico em questão.

A participação no webinar será gratuita e a inscrição poderá ser feita aqui.

Sobre os linfomas

O linfoma é um tumor maligno do sistema linfático em que as células tumorais são os linfócitos, um tipo particular de glóbulos brancos, cuja função é a defesa contra as infeções, e que têm origem na medula óssea.

Este tumor deve-se à alteração de um ou mais genes que controlam o desenvolvimento ou a morte dos linfócitos: o número de divisões celulares é maior e nalguns casos as células vivem durante mais tempo, havendo, portanto, um aumento dos linfócitos nos órgãos linfoides.

As alterações dos genes (rearranjos, mutações) são adquiridas e não hereditárias, sendo que as causas são geralmente desconhecidas.

Os linfomas dividem-se em Linfomas de Hodgkin (LH) e não Hodgkin (LNH), sendo estes últimos os mais frequentes. Existem ainda diversos sub-tipos de LH e de LNH.

Dentro dos linfomas não Hodgkin são mais frequentes aqueles em que a transformação tumoral ocorre nos linfócitos B e menos frequentes os linfomas de linfócitos T.

Sobre a APCL 

A Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) foi fundada em janeiro de 2002 em resultado da iniciativa de um conjunto de doentes que sobreviveram a patologias do foro hemato-oncológico (Leucemias e Linfomas) e de um grupo de médicos do Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil (IPOFG) de Lisboa que os trataram.  

A principal motivação dos Fundadores da APCL radicou na sua compreensão da importância de consciencializar e mobilizar a sociedade civil no apoio a todos os que diariamente lutam contra a devastadora doença que é a Leucemia.

A APCL tem como missão contribuir, a nível nacional, para aumentar a eficácia do tratamento das Leucemias e outras neoplasias hematológicas afins, investindo para isso em investigação científica com um programa de atribuição de Bolsas e investindo na Formação para profissionais de saúde.  

A APCL assume ainda como sua missão o aumento da literacia do doente, promovendo e organizando workshops sobre patologias do sangue e temas relacionados, com envolvimento de profissionais de saúde. 

A promoção de encontros entre pares para partilha de experiências e informações, bem como o apoio financeiro a doentes com Leucemia e às suas famílias, são outras valências que doentes e cuidadores encontram da APCL.  

A APCL iniciou um processo de construção de uma casa de acolhimento para doentes hemato-oncológicos e seus familiares com carências financeiras que se encontrem deslocados da sua área de residência e se encontrem em tratamentos específicos ou transplante em Lisboa. 

 

Por:Hkstrategies