Arouca é apelido de origem toponímica. A vila de Arouca (fig. Brasão), sede do concelho do mesmo nome, faz parte do distrito de Aveiro.
No Algarve o apelido encontrou-se em 1496. Joham d'Arouca foi representante de Faram (Faro) na reunião intermunicipal do Reino do Algarve sobre o “tiramento de sisas”. Juntaram-se no Mosteiro do Espírito Santo de Loulé os representantes da cidade de Silves e das vilas de Tavira, Faram, Loulle, Castro Marim, Alcoutim e Albufeira…
Em 1517, uma horta localizada no Arrabalde de Loulé (Norte da Praça da República) que Diogo de Arouca deixara á Ordem da Igreja Matriz de S. Clemente, foi aforada a Roque por 1700 reais (M. F. Botão, 2009).
Os registos paroquiais dão notícia de Inês de Arouca, de Estoi, casada c.1560 com Diogo Vieira. Podem ter sido pais de:
Outra Inês d’Arouca, da Conceição de Faro casada em 2ª núpcias, em 1600, com Pedro Vaz Mascorro. Foram pais de:
Maria d’Arouca casada em Estoi, em 2ª núpcias, c. 1630, com Francisco de Taíde (filho de João Machado Palermo e Águeda Mendes). Foram pais de:
Ainda outra Inês d’Arouca, casada na Bordeira, S. B. Nexe, c.1660, com João Coelho (filho de Álvaro ou Martim Agosto e de Maria Coelha). Já viúva, em 1670, foi denunciada ao Tribunal da Inquisição por Guiomar Afonso, mulher de Francisco Fernandes, da Corte Neto, Querença “por fazer cerimónias de adivinhação” (S. B. Nexe, 2006). Queixou-se a Guiomar de que em sua casa lhe faltavam certas coisas e que a dita Inês fez certa cerimónia de adivinhação com uma tesoura… em que se culpavam certas pessoas, a que se seguiram umas grandes embrulhadas e ódios e que as coisas que faltavam não apareceram. Que destas costuma fazer muitas a Inês que se presa de mulher de virtude… O frade Boaventura das Entradas assinou a confissão por a Guiomar não saber ler…
Catarina de Arouca, moradora na Farrobeira, freguesia de S. Clemente, foi contemporânea da “adivinhadora” Inês d’Arouca e possivelmente sua irmã. Casou com Domingos Afonso e em 2ª núpcias, em 1667, com Martinho da Costa…
