O apelido Arrais (fig. brasão) vem de profissão (encarregado de pequena embarcação).
No tempo de D. Afonso XI de Castela (1312-50), Fernando Arrais era fronteiro-mor contra o Algarve (Mendonça, a Voz de Loulé nº 1798).
Sua filha Maria Arrais casou com Pedro Díaz Hurtado de Mendoza e os apelidos frequentemente passaram a ficar associados. Pedro, um dos 200 fidalgos herdados pela conquista de Sevilha (1253) por D. Afonso X (1252-84), foi filho de Diogo López de Mendoza e de Leonor Hurtada; neto de Lopo González de Mendoza e de Maria Garcia de Ayala; bisneto de Gonzalo López de Mendoza e de Maria Graça Salvadórez; e trineto de Lopo Iñigo de Mendoza, 3º Senhor de Laudio e Mendoza (Álava) de onde tirou o apelido, documentado em 1164 e falecido em 1189.
Fernando Arrais de Mendoza, filho de Pedro e de Maria, passou ao Algarve depois das pazes (1339) entre os reis de Castela D. Afonso XI e o seu sogro D. Afonso IV de Portugal (1325-57).
Pedro Arrais de Mendonça foi filho do anterior (Felgueiras Gaio, 1678).
Fernando Arrais de Mendonça herdou a casa de seu pai, Pedro Arrais, em Tavira e casou com Francisca d'Ávila, de Castela (filha de Luís d'Ávila) em cerca de 1380.
Gonçalo Arrais de Mendonça, filho dos anteriores, foi casado com Maria d'Eça e em segundas núpcias com Inês Madeira, filha de Afonso Vasques Madeira (Madeira, a Voz de Loulé nº 1835), a qual era senhora da casa de Marim. Gonçalo foi apoiante de D. João I (1385-1433) e serviu em Ceuta, onde faleceu.
Afonso Arrais de Mendonça, filho de Gonçalo e de Inês, foi casado em cerca de 1450 com a sobrinha Marta Arrais, filha de João Arrais de Mendonça e de Isabel Naba. D. Afonso V (1438-81) deu-lhes terras em Marim.
Vicente Arrais de Mendonça, filho de Afonso e de Marta, casou (c.1480) com Filipa de Sousa.
Descendente dos anteriores, Catarina Arrais foi casada (c.1540) com João Viegas, de Moncarapacho.
Manuel Arrais terá casado antes de 1560 com Beatriz Lopes e falecido depois de 1588, já viúvo, deixando muitos descendentes em Loulé…
