Anualmente, a Associação Portuguesa de Museologia (APOM) distingue os melhores museus em Portugal. A edição de 2025 coincide com a celebração do 60.º aniversário da APOM.

A cerimónia vai decorrer no próximo dia 2 de junho, entre as 11h00 e as 18h00, no Cineteatro Louletano, em Loulé. O evento da APOM é realizado em colaboração com o Museu Municipal de Loulé e a Câmara Municipal de Loulé.

A edição deste ano contou com cerca de 125 candidaturas, provenientes de todo o país, projetos que o júri composto pelos membros dos órgãos sociais da associação. Entre as dezenas de prémios a atribuir, entre as 26 categorias, a APOM destaca o Prémio de Melhor Museu.

João Neto, historiador e diretor do Museu da Farmácia, preside à Associação Portuguesa de Museologia (APOM) desde 2001, destaca a importância da realização da cerimónia deste ano em Loulé, considerando “uma aposta da APOM na proximidade aos territórios, aos museus, aos profissionais da museologia e ao conhecimento”.

Para João Neto “um apaixonado pelos museus”, a “itinerância da cerimónia que anualmente acontece numa cidade portuguesa distinta, representa uma forma dos Prémios APOM se afirmarem. A cada ano procuramos a dignificação da paixão e entrega à museologia e premiamos a competência. Em 2025, celebramos juntos 60 anos de conhecimento e promoção cultural, com melhores condições para uma cultura mais acessível, mais sustentável e com museus, palácios e monumentos inclusivos e capazes de acolher todos.”

A APOM, associação ligada ao conhecimento, considera a museologia um pilar essencial da cultura e da sociedade portuguesa, salientando a importância das pessoas que trabalham nos museus, palácios, monumentos, centros de interpretação, coleções visitáveis, entre outros espaços e núcleos museológicos.

O Prémio Museu do Ano é uma das principais distinções atribuídas pela APOM, que distinguem, entre outras áreas, a melhor intervenção e restauro, melhor exposição, parceria, os projetos digitais integrados em exposições e processos de comunicação museológica, o projeto internacional, a melhor coleção visitável, o melhor colecionador e a investigação.

O ano passado, o Museu Nacional de Soares dos Reis, no Porto, foi distinguido com o Prémio Museu do Ano 2024, atribuído pela APOM. 

O galardão foi anunciado numa cerimónia realizada na Alfândega do Porto.

A Associação Portuguesa de Museologia (APOM), fundada em 1965, tem como propósito servir a comunidade de profissionais de museus portugueses. A APOM foi a primeira organização profissional ligada aos Museus a ser fundada em Portugal. Atualmente, conta com duzentos sócios individuais e uma dezena de sócios institucionais.

Na cerimónia estará presente o presidente da Câmara Municipal de Loulé, Vítor Aleixo, entre outros convidados, e cerca de duas centenas de profissionais do setor dos museus e museologia. 

 

Autor da escultura do Prémio APOM

Fernando Quintas, artista plástico, Professor Auxiliar na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa

O museu distinguido com o Prémio “Museu do Ano” é galardoado com uma escultura/troféu da autoria de Fernando Quintas, inspirada na escultura Biblioteca Specularis, concebida para a exposição coletiva “Within Light/Inside Glass, an intersection between Art and Science” realizada em Veneza em 2015.

“Os espelhos utilizados na base e numa das faces remetem para o facto de que os livros (e o conhecimento) serem sempre o resultado da influência de outros criadores, que, ao longo de milénios, deixaram testemunho da sua passagem por este frágil, mas sublime planeta. Como o Ser Humano, frágil e resiliente ao mesmo tempo, Biblioteca Specularis é uma celebração do Conhecimento, da Arte, da Arquitetura e da singularidade das realizações humanas”.

 

MIM