O Arouca subiu ontem provisoriamente à sétima posição da I Liga portuguesa de futebol, ao vencer em casa do Portimonense, por 2-1, no jogo de abertura da 20.ª jornada.

Rafa Mujica (48 minutos) e Matías Rocha (52) fizeram os golos da terceira vitória consecutiva do Arouca no campeonato, com Ronie Carrillo (71) a reduzir para os algarvios.

Com este triunfo, o Arouca subiu provisoriamente ao sétimo posto, com 25 pontos, enquanto o Portimonense está no 11.º lugar, com 21.

Futebol: I Liga / Portimonense – Arouca (ficha)
O Arouca venceu hoje o Portimonense, por 2-1, em jogo da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, realizado em Portimão.

 

Jogo disputado no Estádio Municipal de Portimão.

Portimonense – Arouca, 1-2.

Ao intervalo: 0-0.

Marcadores:

0-1, Rafa Mujica, 48 minutos.

0-2, Matías Rocha, 52.

1-2, Ronie Carrillo, 71.

 

Equipas:

- Portimonense: Nakamura, Guga (Gonçalo Costa, 76), Pedrão, Filipe Relvas, Seck, Lucas Ventura, Rodrigo Martins (Igor Formiga, 76), Mvoué (Ronie Carrillo, 55), Carlinhos, Sylvester Jasper e Hildeberto Pereira (Zinho, 72).

(Suplentes: Vinicius Silvestre, Ricardo Sousa, Taichi Fukui, Davis, Gonçalo Costa, Ronie Carrillo, Igor Formiga, Alcobia e Zinho).

Treinador: Paulo Sérgio.

- Arouca: Arruabarrena, Tiago Esgaio (Bogdan Milovanov, 28), Robson Bambu, Matías Rocha, Weverson Costa, David Simão, Pedro Santos (Miguel Puche, 90), Jason Remeseiro (Yusuf Lawal, 83), Cristo González (Uri Busquets, 83), Morlaye Sylla e Rafa Mujica.

(Suplentes: Thiago Rodrigues, Yusuf Lawal, Alfonso Trezza, Miguel Puche, Uri Busquets, Marozau, Yaw Moses, Pedro Moreira e Bogdan Milovanov).

Treinador: Daniel Sousa.

 

Árbitro: David Rafael Silva (Porto).

Ação disciplinar: cartão amarelo para Lucas Ventura (20), Bogdan Milovanov (45+1), Sylvester Jasper (56), Carlinhos (63) e Guga (68). Cartão vermelho direto para Daniel Sousa, treinador do Arouca (90+5).

Assistência: 1.657 espetadores.

COMENTÁRIO: Arranque eficaz de segunda parte vale terceira vitória seguida ao Arouca

O Arouca conquistou ontem o seu terceiro triunfo consecutivo na I Liga de futebol ao bater o Portimonense por 2-1, graças a um arranque de segunda parte muito eficaz no jogo de abertura da 20.ª jornada.

No Estádio Municipal de Portimão, o avançado espanhol Rafa Mujica abriu o marcador aos 48 minutos, no seu terceiro jogo seguido a marcar na prova, e o central uruguaio Matías Rocha assinou o segundo tento dos arouquenses aos 52, com os algarvios a limitarem-se ao tento de honra pelo dianteiro equatoriano Ronie Carrillo, aos 71.

Após o jogo de abertura desta ronda, o Arouca, que conseguiu a quarta vitória nos seus cinco últimos jogos fora, ocupa, à condição, o sétimo lugar, com 25 pontos, afastando-se do Portimonense, provisoriamente 11.º, com 21.

Privado dos castigados Dener e Hélio Varela em relação ao triunfo sobre o Boavista (4-1), Paulo Sérgio deu a titularidade a dois reforços de inverno em estreia absoluta pelos algarvios, o médio camaronês Mvoué e o extremo Rodrigo Martins.

Nos forasteiros, Daniel Sousa fez três mudanças no ‘onze’ que goleou o Vizela (5-0), com as entradas de Matías Rocha, Pedro Santos e do estreante Robson Bambu, central brasileiro recrutado esta semana.

Foi o Arouca que começou melhor o jogo, com mais posse de bola e apostando em ataque organizado com maior pendor à direita, originando pelo menos um lance de golo, aos sete minutos, que seria invalidado por fora de jogo inicial de Jason Remeseiro.

O Portimonense apostava em ativar a pressão a meio-campo para roubar a bola e tentar de imediato transições rápidas, mas algumas decisões erradas e passes transviados impediram a equipa de criar mais perigo.

No melhor lance dos algarvios nessa fase, aos 19 minutos, Mvoué ‘descobriu’ Sylvester Jasper em boa posição, mas o extremo inglês, hoje posicionado no flanco esquerdo do ataque algarvio, escorregou e chutou contra Robson Bambu.

O Arouca, que antes da meia hora perdeu Tiago Esgaio por lesão, começou a perder ‘gás’ e o Portimonense, em contrapartida, ‘cresceu’ na partida, terminando mesmo a primeira parte com ascendente.

Na situação de maior perigo dos algarvios, aos 37 minutos, Carlinhos rematou forte em posição frontal para defesa incompleta de Arruabarrena e Rodrigo Martins falhou a recarga de forma incrível, atirando a centímetros do poste direito.

No regresso dos balneários, o Arouca foi muito eficaz e concretizou duas oportunidades no espaço de quatro minutos, abrindo caminho para a vitória.

Aos 48 minutos, Cristo González fez o trabalho todo na área e serviu para a finalização de pé esquerdo do compatriota Rafael Mujica, que assinou o 12.º tento na Liga, e aos 52, Jason Remeseiro marcou um livre, Nakamura defendeu para o poste e Matías Rocha, na recarga, encostou de cabeça para o seu primeiro golo no campeonato.

O Portimonense tentou responder logo a seguir, aos 54 minutos, mas, após boa jogada pela direita, a bola surgiu de feição para Mvoué, que desperdiçou de forma escandalosa quase em cima da linha de baliza.

A partida entrou em modo de parada e resposta, com ocasiões para ambos os lados – Nakamura evitou o 0-3 num lance de Morlaye Sylla (67) e Arruabarrena travou um ‘disparo’ forte de Rodrigo Martins (70) –, até que o suplente Ronie Carrillo reduziu mesmo a diferença, desviando o cruzamento de Guga (71).

Apesar de Paulo Sérgio ter refrescado as alas para o ‘assalto’ final à baliza arouquense, os algarvios perderam ímpeto, mas o empate esteve muito perto aos 89 minutos, num remate de Igor Formiga que acertou ‘em cheio’ na barra, após cruzamento de Gonçalo Costa.

Nos descontos, o treinador do Arouca foi expulso por ter colocado uma segunda bola em campo, quando um jogador do Portimonense já tinha feito um lançamento lateral.

 

Futebol: I Liga / Portimonense – Arouca (Declarações)

Declarações após o jogo Portimonense-Arouca (1-2), da 20.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado ontem em Portimão:

 

- Paulo Sérgio (treinador do Portimonense): “Houve dois erros, inclusivamente um terceiro – o golo anulado ao Arouca – em que defendemos mal esses três lances. Tirando isso, o Arouca tem mais um remate enquadrado, e nós temos as ocasiões todas.

No primeiro tempo, devíamos ter saído com uma vantagem de duas bolas. Voltámos a ter uma bola quase dentro da baliza, mais uma bola na trave e muito caudal [ofensivo].

Depois de uma ‘pancada’, a entrar no segundo tempo a perder 1-0 e depois no segundo golo com a infelicidade que o ‘Naka’ [Nakamura] teve a abordar esse lance, que nos pôs numa situação muito difícil, a equipa respondeu bem, teve muita alma, muita determinação.

Se o empate já nos deixaria frustrados, a derrota muito mais. Acho que hoje merecíamos [ganhar], completamente. Mas o futebol é isto: eficácia, nós não a tivemos.

A resposta da equipa só não teve os pontos. De resto, teve atitude, determinação e qualidade em vários lances que criou. Com os meninos que temos cá e com a nossa atitude, hoje foi um soco no estômago.

Houve muito antijogo. Quando se comenta que fizemos faltas, acho que apanhámos dois amarelos e estar a comentar isso acho que é de mau gosto. Têm de falar é do antijogo: o árbitro viu-se obrigado a dar nove minutos e, mesmo assim, talvez tivessem sido poucos.

Quando o Arouca se apanhou em vantagem, dificultou muito a que houvesse jogo. Jogaram com o que é normal. Não me queixo disso nunca, desde que seja compensado. Acho que foi, mas na compensação continua a queimar-se tempo e era mais justo dar mais um ou dois [minutos]. Mas excelente arbitragem, não vou aqui arranjar bodes expiatórios.”

- Daniel Sousa (treinador do Arouca): “Os dois golos na parte inicial da segunda parte e a forma como entrámos foi determinante para aquilo que foi o resto do jogo.

Foi uma partida bastante conseguida, sobretudo os primeiros 15 minutos, em que conseguimos assentar bem o jogo.

Depois começámos a ceder algumas situações, algumas perdas de bola, porque o jogo estava a parar demasiado, com a quantidade de faltas que estava a existir. Isso estava a travar um bocadinho a nossa dinâmica e tivemos um período com maiores dificuldades em assentar o nosso jogo.

Para todos os efeitos, criámos algumas situações, não tantas como aquelas de que gostaríamos, mas criámos as suficientes para ganhar este jogo.

[Ausência do banco contra o FC Porto na próxima jornada devido à expulsão] O papel do treinador é feito sobretudo durante a semana. Haverá um impacto, mas o importante é que durante a semana as coisas sejam bem preparadas, para a equipa dar resposta em campo mesmo que o treinador não esteja lá. Não acho que isso seja determinante para o próximo jogo.”

 

Lusa