Braga, Funchal e Santarém foram as cidades onde mais subiram as rendas, revelam dados do idealista.
O arrendamento de casas continua a ser uma solução para milhares de famílias que vivem em Portugal. Apesar do aumento da oferta de casas para arrendar, continua a haver uma escassez de produto no mercado, o que tem impulsionado o aumento das rendas. O índice de preços do idealista revela isso mesmo: os preços das casas para arrendar em Portugal aumentaram 5,1% em abril face ao mesmo mês no ano anterior. Assim, viver numa habitação arrendada passou a ter o custo mediano de 16,9 euros por metro quadrado (euros/m2) no final do mês de abril. Já em relação à variação trimestral, as rendas das casas subiram 2,9%.
 
Rendas das casas sobem em 10 grandes cidades
Em abril, o preço das casas para arrendar subiu em 10 das 13 capitais de distrito/regiões autónomas com amostras representativas, com Braga (16%), Funchal (14,3%) e Santarém (10%) a liderarem a lista. As rendas das casas também ficaram mais caras em Leiria (8,2%), Viana do Castelo (5%), Faro (4,4%), Lisboa (3,3%), Setúbal (3,1%), Évora (2,7%) e no Porto (2,5%). 
Já em Viseu (0,4%) os preços no arrendamento habitacional mantiveram-se estáveis. E em Aveiro (-4,4%) e Castelo Branco (-1%), as rendas ficaram mais baratas no último ano.
Lisboa continua a ser a cidade onde é mais caro arrendar casa: 22,3 euros/m2. Porto (17,8 euros/m2) e Funchal (15,8 euros/m2) ocupam o segundo e terceiro lugares, respetivamente. Seguem-se Faro (13,4 euros/m2), Setúbal (12,5 euros/m2), Évora (11,6 euros/m2), Aveiro (11,2 euros/m2), Braga (10,8 euros/m2) e Santarém (8,9 euros/m2). 
Já as cidades mais económicas para arrendar uma habitação são Castelo Branco (6,6 euros/m2), Viseu (7,8 euros/m2), Leiria (8,7 euros/m2) e Viana do Castelo (8,7 euros/m2).
 
 
Custo do arrendamento sobe em todos os distritos e ilhas – Beja é exceção
Dos 17 distritos e ilhas analisadas, as rendas das casas subiram em Vila Real (38,4%), Coimbra (19,9%), Portalegre (17,2%), Braga (12,9%), Évora (12%), Faro (12%), Viana do Castelo (10%), Setúbal (9,5%), ilha da Madeira (9,1%), Santarém (8,3%), Viseu (7,5%), Leiria (6,2%), Porto (4,4%), Castelo Branco (4,2%), Lisboa (3,7%) e Aveiro (1,6%). Beja foi o único distrito a registar uma descida do custo do arrendamento (-4,1%).
De referir que o ranking dos distritos e ilhas mais caras para arrendar casa é liderado por Lisboa (20,6 euros/m2), seguido pelo Porto (15,9 euros/m2), Faro (15,3 euros/m2), ilha da Madeira (15 euros/m2), Setúbal (13,8 euros/m2), Coimbra (12,8 euros/m2), Évora (11,3 euros/m2), Braga (10,6 euros/m2), Aveiro (9,8 euros/m2), Leiria (9,8 euros/m2), Beja (9,5 euros/m2), Viana do Castelo (9 euros/m2), Santarém (8,4 euros/m2) e Vila Real (8,1 euros/m2). 
As casas para arrendar com preços mais económicos encontram-se em Portalegre (7,2 euros/m2), Castelo Branco (7,5 euros/m2) e Viseu (7,7 euros/m2).
 
Arrendamento mais caro em todas as regiões
Em abril, os preços das casas para arrendar subiram em todas as regiões do país. A liderar as subidas anuais encontra-se o Algarve (12%), seguido pelo Centro (11,2%) e pelo Alentejo (10,4%). A Região Autónoma da Madeira (8,8%) e o Norte (5,8%) também tiveram aumentos significativos, enquanto a Área Metropolitana de Lisboa (4,1%) e a Região Autónoma dos Açores (3,6%) apresentaram os crescimentos menos expressivos.
A Área Metropolitana de Lisboa, com 19,9 euros/m2, continua a ser a região mais cara para arrendar casa, seguida pelo Algarve (15,3 euros/m2), Região Autónoma da Madeira (15 euros/m2) e a região Norte (14,7 euros/m2). Do lado oposto da tabela encontram-se a Região Autónoma dos Açores (9,5 euros/m2), Centro (10,3 euros/m2) e o Alentejo (11,3 euros/m2), que são as regiões mais baratas para arrendar uma habitação.
Índice de preços imobiliários do idealista
Para a realização do índice de preços imobiliários do idealista, são analisados os preços de oferta (com base nos metros quadrados construídos) publicados pelos anunciantes do idealista. São eliminados da estatística anúncios atípicos e com preços fora de mercado. 
Incluímos ainda a tipologia “moradias unifamiliares” e descartamos todos os anúncios que se encontram na nossa base de dados e que estão há algum tempo sem qualquer tipo de interação pelos utilizadores. O resultado final é obtido através da mediana de todos os anúncios válidos de cada mercado. 
O relatório completo encontra-se em: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/
 
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