A atualização do clero das dioceses do sul de Portugal terminou ao início da tarde de 16 de janeiro com apelo à «capacidade de se rever» para continuar a ir ao encontro das necessidades dos destinatários.
“Não podemos deixar desgastar-se esta proposta. Por isso, a necessidade de estudar alguns momentos de inovação, de criatividade, talvez aproveitar o método sinodal para alguns momentos de partilha e de diálogo entre nós”, apelou o arcebispo de Évora na sessão de encerramento da formação que decorreu desde segunda-feira, 13 de janeiro, em Albufeira, no Hotel Alísios.
Não podemos deixar cansar, esvaziar-se, esgotar-se esta proposta. É necessário, pois, investir porque é uma proposta muito querida dos três bispos do sul”, sustentou D. Francisco Senra Coelho, considerando ser “fundamental perceber que é um projeto válido e valioso”. “Tem de ter capacidade contínua de se rever e esse crescimento e essa revisão tem de passar pela auscultação dos participantes, tem de ir ao encontro das nossas necessidades quer temáticas, quer pastorais, quer metodológicas”, desenvolveu aquele responsável pela Província Eclesiástica de Évora, considerando que “não é possível o clero viver sem esta dimensão da atualização”.
D. Francisco Senra Coelho disse que os bispos do sul fizeram “uma avaliação muito positiva desta realidade” e considerou que “as finalidades das jornadas foram atingidas: tempo de graça e de renovação a partir do Jubileu”. “Percebemos a relação com o Jubileu como dom de fortalecimento na fé da esperança”, acrescentou, considerando que se viveram “momentos altos de verdade e de centralidade do essencial cristão”.
O bispo do Algarve, que também conseguiu estar presente até ao final da atualização, disse ter considerado “muito oportuno” o tema da iniciativa: “Jubileu: tempo de graça e de renovação da Igreja e do Presbítero”. “Abriu-me perspetivas que eu não tinha em relação à celebração do Jubileu. Vamos mais despertos pastoralmente para celebrar este Jubileu”, referiu.
A atualização, participada por cerca de 80 elementos, entre bispos, padres e diáconos das dioceses do Algarve, Beja, Évora e Setúbal, foi promovida pelo Instituto Superior de Teologia de Évora (ISTE). O ISTE foi criado a 8 de setembro de 1977, por decreto do então arcebispo de Évora, D. David de Sousa, e passou a ser interdiocesano em 1985, com estatutos aprovados pelos três bispos da Província Eclesiástica de Évora, constituída pelas Dioceses do Algarve, Beja e Évora.
Folha do Domingo