No próximo domingo realizam-se as eleições autárquicas, onde o novo mapa político do Concelho será definido segundo a escolha dos eleitores.

Estamos perante uma campanha atípica. Devido à pandemia do Covid-19, que já se estende por mais de ano e meio, a falta de contacto com os eleitores, a falta de convívio, as festas e bailaricos, as massivas arruadas, levam a que a informação que deveria chegar à população, seja de certa forma diminuta.

Quase toda a informação é canalizada nuns escassos folhetos e nas redes sociais. Num Concelho como o de Loulé com cerca de 764 quilômetros quadrados, com 58.808 eleitores, tendo tido nas últimas eleições autárquicas de 2017 um nível de abstenção de 55,4%, talvez a privação de informação fidedigna, venha aumentar a falta de vontade de se dirigir às urnas de voto, aqui a imprensa local/regional ganha uma posição de relevância desempenhando um papel informativo fundamental.

É o jornal que é partilhado de mão em mão nos cafés e Associações, não só das cidades como das nossas freguesias do interior, é o jornal que fica em cima das mesas que dá aso a pequenos debates, a críticas e comentários populares.

A população mais idosa não interage com a informática com a mesma performance e destreza que as novas gerações, não recebendo a informação no seu todo, aumentado a distância informativa/social.

Encurtar este distanciamento poderia acontecer se, todos os envolvidos, vivessem e sentissem a nossa terra, as nossas pessoas, os nossos jovens e os nossos idosos.

O crescente aumento e desinteresse da população pela política é preocupante. A nível nacional podemos assistir a candidaturas no mínimo caricatas. Pensar que alguma destas poderia chegar a gerir o destino de um concelho ou de uma freguesia, torna-se assustador.

Em alturas de campanha surgem “experts” em ciências políticas, que durante 4 anos se mantêm calados e na altura das eleições, para “dar nas vistas”, abordam o tema sem nenhuma preparação levando à confusão e à desinformação.

Isto acontece porque não se recorre às vias oficiais de informação, que são os meios de comunicação social oficiais. É mais apetecível a informação do “diz que disse” mesmo que “quem conta um conto acrescente um ponto”, e a informação se vá difundindo e transformando levando o leitor a grandes confusões e incertezas.

Confie apenas na informação fidedigna, nos meios de comunicação social em geral, nas entidades oficiais, nos folhetos informativos das candidaturas…

Ajude a cumprir o nosso dever de cidadania ao incentivar os menos crentes e menos incentivados a ir votar.

A desinformação anda de mãos dadas com a abstenção.

Deixo aqui o meu agradecimento àquelas candidaturas que se apoiaram e acreditam na imprensa do seu concelho.