A administrativa Fátima da Silva é candidata independente pelo Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Silves nas próximas eleições autárquicas mas nada promete, porque «não sabe» o que vai encontrar.

Com 26 anos, a candidata, natural de Portimão, é solteira e trabalha como administrativa no hospital de Portimão, apesar de se ter formado em Psicologia no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes (ISMAT).

Em declarações à Lusa, Fátima da Silva contou que esta é a primeira vez que se candidata a um município, o que acontece “a convite” da estrutura do BE de Silves, sendo que a família “sempre esteve ligada” ao partido.

“Não queremos fazer propostas específicas porque não sabemos o que iremos encontrar lá dentro. Prometermos e depois não termos meios para ao fazer não é a nossa política”, referiu.

Assume, no entretanto que “tudo” farão para “melhorar a vida” da população com uma aposta na “juventude, proteger a cultura e o património, o ambiente” e procurar responder à crise social provocada pela pandemia.

A criação de emprego, para que Silves se torne “apelativo” a quem se queira fixar e para que os habitantes “não vão embora” é outra das propostas. Para que “todos tenham uma vida” no concelho.

A candidata tem visitado alguns instituições da cidade para ter “noção das dificuldades” por que passam e que “tipo de ajuda” necessitam.

Fátima da Silva destaca como exemplo os bombeiros de Silves, que estão a passar “muitas dificuldades” e devem ser uma atenção para quem for eleito.

A autarquia é comandada pela comunista Rosa Palma que, em 2017, obteve maioria absoluta em Silves, ao garantir quatro dos sete eleitos na Câmara Municipal e que se recandidata a um terceiro e último mandato.

O PSD é a segunda força política com mais votos naquele concelho algarvio, com dois lugares para a Câmara, seguido do PS, com um.

Além de Fátima da Silva (BE), concorrem à Câmara de Silves Rosa Palma (CDU), Luís Guerreiro (PS), António Sequeira (IL),  José Paulo Sousa (Chega) e João Correia (PSD).

Em Portugal há 308 municípios (278 no continente, 19 nos Açores e 11 na Madeira) e 3.092 juntas de freguesia (2.882 no continente, 156 nos Açores e 54 na Madeira).

Nas eleições autárquicas de 26 de setembro estão em disputa um total de 2.064 mandatos nas câmaras municipais e de 6.448 lugares nas assembleias municipais.

As primeiras eleições autárquicas em democracia realizaram-se em dezembro de 1976.