Valor do m2 de avaliação bancária na habitação ultrapassou os 1.800 euros pela primeira vez, revela o INE.
Estão a vender-se mais casas em Portugal e por preços bem mais elevados. E também se tem sentido um aumento da contratação de crédito habitação. Perante este cenário, os bancos residentes em Portugal estão a avaliar mais habitações e por valores mais altos. Em fevereiro, o valor mediano da avaliação bancária na habitação atingiu os 1.810 euros por metro quadrado (euros/m2), mais 16% face ao período homólogo. Este valor representa um novo máximo histórico.
“Em fevereiro de 2025, o valor mediano de avaliação bancária, realizada no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação, fixou-se em 1.810 euros por metro quadrado (euros/m2), tendo aumentado 36 euros (2,0%) face a janeiro de 2025”, destaca o Instituto Nacional de Estatística (INE) no boletim publicado esta quinta-feira, dia 27 de março. A nível geográfico, foi a Região Autónoma da Madeira que apresentou o aumento mensal mais expressivo (4%), não se tendo verificado qualquer descida.
Este valor de avaliação bancária na habitação apurado para fevereiro de 2025 é 16% superior face ao registado há um ano e constitui um novo máximo histórico – foi a primeira vez que ultrapassou a fasquia dos 1.800 euros/m2. Em termos homólogos, foi a Península de Setúbal (17,1%) que registou a “variação mais intensa” neste indicador, não tendo ocorrido qualquer descida.
Para apurar o valor mediano do m2 na habitação para a banca foram consideradas 35.095 avaliações em fevereiro de 2025 (22.862 apartamentos e 12.233 moradias), mais 23,9% que no período homólogo. Ainda assim, o INE revela que foram realizadas menos 0,5% avaliações bancárias face a janeiro.
 
Apartamentos: avaliação superou os 2.032 euros pela 1ª vez
Também nos apartamentos foi registado um novo máximo no valor da avaliação bancária: atingiu os 2.032 euros/m2 em fevereiro, mais 16,7% face há um ano. “A Península de Setúbal apresentou o crescimento homólogo mais expressivo (17,8%), tendo-se verificado no Alentejo a única descida (-0,6%)”, revela o instituto.
Comparativamente com janeiro de 2025, o valor de avaliação bancária dos apartamentos subiu 2,0%, registando o Algarve o maior aumento (2,5%) e o Oeste e Vale do Tejo o menor (0,9%). 
Os valores mais elevados do m2 dos apartamentos para a banca foram observados na Grande Lisboa (2.699 euros/m2) e no Algarve (2.350 euros/m2). Já o valor mais baixo foi registado no Alentejo (1.272 euros/m2). 
No conjunto de avaliações bancária dos apartamentos realizadas no mês em análise, as tipologias T1, T2 e T3 representam 92,1% do total. E ficaram mais elevadas:
Apartamentos T1: valor mediano subiu 70 euros, para 2.552 euros/m2;
Apartamentos T2: valor subiu 37 euros para 2.080 euros/m2;
Apartamentos T3: registou um crescimento de 35 euros para 1.801 euros/m2. 
 
Moradias: m2 ficou 9,5% mais caro e atingiu novo recorde
No caso das moradias, também se observou um aumento homólogo do m2 para os bancos de 9,5% para 1.347 euros/m2 em fevereiro de 2025, o que constitui um novo recorde. Foi a Região Autónoma da Madeira que registou o maior crescimento homólogo (17,6%), não se tendo registado qualquer descida.
Face a janeiro de 2025, o valor de avaliação bancária das moradias subiu 1,6%. “A Região Autónoma da Madeira apresentou o crescimento mais elevado (5,0%), enquanto no Centro se registou a única descida (-1,0%)”, refere o INE.
Os valores mais elevados do m2 das moradias foram observados na Grande Lisboa (2.529 euros/m2) e no Algarve (2.448 euros/m2), registando o Centro e o Alentejo os valores mais baixos (1.019 euros/m2 e 1.098 euros/m2, respetivamente). 
As tipologias T2, T3 e T4 representaram 88,7% das avaliações bancárias de moradias, tendo-se registado aumentos nos valores em todas:
Moradia T2: valor mediano aumentou 17 euros, para 1.322 euros/m2,
Moradias T3: valor subiu 10 euros, para 1.335 euros/m2;
Moradias T4: cresceu 56 euros, para 1.396 euros/m2. 
 
 
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