“Consideramos que não é possível realizar os exames nacionais em condições de igualdade e portanto os exames nacionais este ano não podem existir”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas, à margem de uma reunião com a direção do agrupamento escolar do Alto Rodes, na Escola Secundária Pinheiro e Rosa, em Faro.
A dirigente do BE sugere a avaliação contínua como o método mais indicado para avaliar os alunos, por considerar que os exames nacionais estão "condenados", dado que o ministério da Educação não consegue garantir condições de igualdade, matéria sobre a qual o ministro Nuno Crato deve responder.
"Os alunos sempre foram avaliados pelos seus professores, há várias formas de avaliação", sublinhou, observando que são necessários mais professores para darem apoio nas escolas, distribuírem o número de alunos por turmas, para que se tente compensar o atraso.
Catarina Martins lembrou que, sobretudo no Ensino Secundário, as notas finais são decisivas, pois por "uma décima" se entra ou não na universidade, embora nos restantes anos de escolaridade também se possa chumbar "por meio valor", e estes alunos que estão sem professores "já perderam um quinto do tempo útil de aulas".
Segundo a Associação Nacional de Dirigentes Escolares, entre 10 a 20 por cento das vagas para professores continuam por preencher nas escolas abrangidas pela Bolsa de Contratação.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) pediu quinta-feira ao Ministério da Educação a abertura de um processo negocial para rever as regras dos concursos de colocação de professores.
O ano letivo iniciou-se oficialmente entre 11 e 15 de setembro.
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Por: Lusa