O assoreamento da atual barra que serve a comunidade piscatória da Fuzeta condiciona fortemente a atividade regular dos pescadores, tendo estes de esperar pela meia maré para entrar e sair da barra. Isto para as embarcações de boca-aberta, já as embarcações de maior porte têm de demandar pelas barras de Olhão ou de Tavira dado estarem completamente impossibilitadas de navegarem naquele canal.
Esta situação traduz-se na redução substancial dos rendimentos dos pescadores da Fuzeta, dada a atividade piscatória irregular e pela deslocação das embarcações até localidades diferentes da de origem. Soma-se à perda de rendimentos a perigosidade na travessia, ameaçando a vida dos pescadores.
Os parlamentares do Bloco referem ainda que a Assembleia Municipal de Olhão aprovou por unanimidade, em fevereiro deste ano, uma moção no mesmo sentido do Projeto de Resolução agora apresentado pelo Bloco, o qual ainda recomenda que o Governo considere a fixação da barra que serve aquela comunidade piscatória, com o recurso ao uso de mangas geotêxteis, no local onde a natureza o abriu em 2010.
Recorde-se que no ano de 2010, por força dos temporais ocorridos, abriu-se uma nova barra na ilha da Fuzeta, em frente ao abrigo do salva-vidas. Na altura, a Secretária de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades defendeu publicamente a manutenção daquela abertura mas, a Administração da Região Hidrográfica do Algarve e a Sociedade Polis Litoral Ria Formosa entenderam não estarem reunidas condições para manter a barra natural, tendo decidido pelo seu encerramento e pela abertura de uma nova barra na zona da Toca do Coelho, apesar da comunidade piscatória ter manifestado a sua discordância.
Consulte aqui o Projeto de Resolução que recomenda a dragagem da barra da Fuzeta como obra prioritária incluída no programa de dragagens da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa.
Por BE Algarve