O Benfica, recordista de vitórias na prova, qualificou-se ontem para os quartos de final da Taça de Portugal em futebol, ao vencer o Farense por 3-1, em encontro dos «oitavos», realizado no Estádio São Luís, em Faro.
O norueguês Schjelderup, aos 56 minutos, o brasileiro Arthur Cabral, aos 58, e o dinamarquês Bah, aos 62, marcaram os golos dos ‘encarnados’, que no sábado tinham conquistado a Taça da Liga, depois de Tomané adiantar os anfitriões, aos sete.
Nos ‘quartos’, entre 04 a 06 de fevereiro, o Benfica recebe o vencedor do jogo entre o Sporting de Braga e o Lusitano de Évora, do Campeonato de Portugal, e, se chegar às ‘meias’, enfrenta, a duas mãos, Elvas ou Tirsense, também do quarto escalão.
 

 

Futebol: Taça de Portugal/ Farense – Benfica (ficha)
 
O Benfica venceu ontem o Farense por 3-1, em jogo dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado em Faro.
Jogo no Estádio de São Luís, em Faro.
Farense – Benfica, 1-3.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores:
1-0, Tomané, 07 minutos.
1-1, Schjelderup, 56.
1-2, Arthur Cabral, 58.
1-3, Bah, 62.
Equipas:
- Farense: Ricardo Velho, Cláudio Falcão, Raúl Silva, Tomás Ribeiro, Pastor, Miguel Menino, Ângelo Neto (Seruca, 34, Filipe Soares, 77), Paulo Victor, Merghem (Darío Poveda, 66), Marco Matias (Elves Baldé, 66) e Tomané (Jaime Pinto, 66).
(Suplentes: Lucas Cañizares, Artur Jorge, Elves Baldé, Darío Poveda, Filipe Soares, Derick Poloni, Seruca, Rivaldo Morais e Jaime Pinto).
Treinador: Tozé Marreco.
- Benfica: Samuel Soares, Bah, António Silva, Otamendi, Carreras (Bajrami, 88), Florentino, Aursnes (Rollheiser, 88), Leandro Barreiro, Di María (Amdouni, 40), Schjelderup (Aktürkoğlu, 75) e Arthur Cabral (Pavlidis, 75).
(Suplentes: Trubin, Amdouni, Kökçü, Pavlidis, Aktürkoğlu, Rollheiser, Tomás Araújo, Bajrami e João Rego).
Treinador: Bruno Lage.
 
Árbitro: Hélder Malheiro (AF Lisboa).
Ação disciplinar: Cartão amarelo para Raúl Silva (41) e Tomás Ribeiro (45+4).
Assistência: Cerca de 5.000 espetadores.
 

 

Futebol: Taça de Portugal / Farense – Benfica 
 
Declarações após o jogo Farense-Benfica (1-3), dos oitavos de final da Taça de Portugal de futebol, disputado ontem no Estádio de São Luís:
- Tozé Marreco (treinador do Farense): “A parte individual claramente que faz a diferença. Contra equipas tão fortes, ao mínimo erro paga-se. E foi o que aconteceu.
Controlámos muito o que era a construção a três do Benfica, o [Leandro] Barreiro no corredor em vez do Kökçü, o ‘três mais um’ com o Florentino a fixar, o jogo entrelinhas do Di María, o jogo de corredores com o Bah por fora e o Aursnes a ‘rasgar’. Tínhamos as coisas bem planeadas e anulámos muito bem.
Depois, na segunda parte, o primeiro golo acontece com adversários deste género, mas o segundo momento não pode acontecer. Desorganizámo-nos, quisemos sair a pressionar sem ter condições para isso – o momento de pressão não era aquele –, hesitámos e, depois, variação de centro de jogo, receção perfeita e o golo do 2-1.
Aí abanámos e só após o 3-1 é que reagimos mais e tivemos ali uma ou outra situação em que podíamos ter feito melhor, principalmente a do Jaiminho [Jaime Pinto].
O fator principal, não tenho dúvidas, foram esses momentos individuais que não conseguimos controlar.
Até sofrermos o primeiro golo, não posso dizer que estávamos a ser empurrados para trás. Não estava a acontecer isso. A equipa estava equilibrada, estava organizada, o Benfica estava com dificuldades. Mas uma bola que entra nas ‘costas’ do Falcão é resolvida no ‘um para dois’ do jogador do Benfica.
A Taça era um extra que nós tínhamos e em que meritoriamente chegámos aqui, mas o mais importante de tudo é manter o Farense na I Liga. Não trocava nenhuma Taça de Portugal por manter o Farense na I Liga, esse é o nosso campeonato, o nosso foco”.
 
- Bruno Lage (treinador do Benfica): “Acima de tudo, enaltecer o espírito de conquista dos jogadores, porque não são todas as equipas que, após aquilo que fizemos há três noites, de conquistar um título, [conseguem] vir com a determinação com que nós viemos.
Sofremos mais um golo de bola parada, é um momento que temos de rever, porque já é o segundo, mas quando olho para o jogo, o que importa referir é que tenho a certeza de que somos justos vencedores.
Fizemos alguns ajustes na segunda parte. Tentar procurar colocar o Zeki [Amdouni] mais próximo do Arthur [Cabral], o Schjelderup e o Fredrik [Aursnes] virem para zonas mais interiores, e também conversar com os jogadores para eles entenderem melhor como se joga neste campo, sem a largura a que nós estamos habituados.
Na primeira parte, tentámos sempre fazer aquilo que é a nossa dinâmica ofensiva, mas com pouco espaço. O Farense, com linha de cinco, bloqueou-nos sempre os espaços que somos fortes a atacar.
Aquilo de que melhor fizemos na segunda parte foi perceber como fazer os nossos movimentos, mas em zonas do campo diferentes. Conseguimos encontrar esses espaços e criar as situações para vencer.
Mentalidade de campeão é o que eu quero na equipa, mentalidade de campeão, não é de vencedor, é de campeão. E a mentalidade de campeão é aquilo que nos leva à excelência e a estar pronto para jogar, para render. O Nico [Otamendi] tem esse carisma, essa mentalidade, e tem de ajudar os mais novos para termos essa mentalidade. Estamos no bom caminho para a ter, mas temos de atingir um nível de excelência que nos permita ficar mais realizados.
[Di Maria] Disse-nos que sentiu um pequeno desconforto, e fizemos a alteração de imediato”.
 
 
Lusa