Os 18 profissionais de saúde que saíram nos últimos tempos não foram substituídos por falta de autorização da tutela para a contratação de novos trabalhadores, situação que contribuiu para que a instituição tenha uma lista de espera de 27 doentes, algo não acontecia até à data, e, tenha levado à redução de 30% na capacidade de resposta em ambulatório.
Os deputados do Bloco consideram que a gestão do Centro de Medicina Física de Reabilitação do Sul deve manter-se na esfera pública, na certeza de que é necessário dotar a unidade dos meios necessários ao seu funcionamento.
O Centro de Medicina Física de reabilitação do Sul está instalado no concelho de São Brás de Alportel e destina-se a receber doentes com lesões medulares, traumatismos crânio-encefálicos, acidentes vasculares cerebrais e outras patologias do foro neurológico, reumatológico, ortopédico, cardiovascular e pneumológico.
Com uma gestão assegurada, durante vários anos, em regime de parceria público-privada (PPP), no final de 2013 reverteu para a Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve.
Entretanto, o Governo prepara-se para prorrogar o protocolo de gestão com o grupo Galilei Saúde, quando, este intuito foi rejeitado pelo Tribunal de Contas e após conhecidas as afirmações do Presidente da ARS Algarve, em audição na Comissão Parlamentar de Saúde de 18 de junho deste ano, garantindo ter capacidade para assegurar a gestão do centro.
"Não é aceitável que se depaupere uma unidade de saúde, atrofiando progressivamente a sua capacidade de resposta para depois utilizar esta argumentação como motivo para justificar a sua entrega ao setor privado.
O que é público pode e deve ser gerido pelo público", concluem os deputados do Bloco.
Por Bloco de Esquerda