«Explodiu a tensão acumulada no seio dos professores. O detonador foi a intenção manifestada pelo ministro da Educação de submeter os docentes a um Concurso de colocação feito através de Conselhos locais de diretores, no quadro dos mapas de pessoal intermunicipais, municipalizando a sua gestão.
Os professores e educadores, bem como os restantes trabalhadores das escolas do país estão em luta. As principais reivindicações que contribuem para a luta da classe docente são a justa avaliação/progressão na Carreira, não à precariedade, justa remuneração, recuperação de todo o tempo de serviço, não às ultrapassagens, paridade com a Carreira Técnica Superior, não à sobrecarga de trabalho, regime especial de aposentação, mais terapeutas nas escolas, justo regime de concursos.
 
Os trabalhadores não docentes reivindicam contra a injustiça do SIADAP (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública) que impõe quotas, a consideração dos anos de serviço, a atualização da tabela salarial e atualização das carreiras. Em suma, as escolas mobilizam-se pela defesa da Escola Pública.
 
De norte a sul do país os professores respondem em unidade com todos os trabalhadores das escolas, com coragem e determinação e independentemente de
serem sindicalizados, fazendo greve, manifestando-se à porta das escolas e noutros locais e fechando as escolas.O que também está a acontecer no Algarve.
 
Um dos pontos altos da luta foi a manifestação nacional ocorrida em Lisboa no autismo e arrogância do governo e António Costa e da maioria absoluta do PS.
 
No presente momento o que se impõe é a unificação das lutas: articulação entre as escolas, mas também entre as várias direções sindicais. Importantes passos para a vitória. Os professores querem a unidade de todos, nas escolas e entre os seus sindicatos numa frente comum. Os professores unidos são imparáveis.
 
O Bloco de Esquerda/Algarve exorta os educadores e professores à continuação da luta na região e apela a todas as organizações sindicais de docentes para confluírem no diálogo e numa plataforma comum, de reforço dessas mesmas lutas, incluindo nas manifestações nacionais de 14 de janeiro e 11 de fevereiro próximos. Está em causa a qualidade da Educação e a defesa da Escola Pública».
 
 
Por: Bloco de Esquerda/Algarve