Esta rutura aconteceu com dois doentes, um no Hospital de Faro e o outro no Hospital de Portimão, deixando "bem claro que se continua a verificar rutura no fornecimento de medicamentos de dispensa hospitalar no CHA, situação que tem de ser ultrapassada com urgência, pois não é aceitável nem concebível que os doentes sejam privados de medicação prescrita e de que necessitam", afirmou a deputada Cecília Honório.
Na mesma semana, um doente oncológico e uma doente de esclerose múltipla, dirigiram-se, respetivamente ao Hospital de Faro e ao Hospital de Portimão, para receberem a medicação prescrita de acordo com o seu tratamento, tendo ambos vindo embora sem o tratamento e a medicação prescrita.
Trata-se de situações que causam grande constrangimento aos doentes dado interromperem o processo terapêutico como provocarem um imenso desgaste aos utentes e às suas famílias quando, sobretudo, se trata de grandes deslocações à unidade de saúde, vindo esta a não ter qualquer efeito - o doente que se dirigiu ao Hospital de Faro mora a cerca de 70 Km, pelo que percorreu 140 Km em vão.
A esta situação soma-se a ansiedade do doentes que, além de verem o tratamento interrompido, ficar a saber que existem um total desconhecimento sobre quando os medicamentos poderão vir a ser respostas, dando continuidade ao tratamento.
Cecília Honório e João Semedo exigem conhecer qual o motivo que levou à rutura destes medicamentos e durante quanto esta durou. Considerando os anteriores casos de ruturas de material hospitalar nas unidades de saúde do CHA, os parlamentares do BE querem ver esclarecida a questão sobre que outros medicamentos estiveram em rutura desde o início do ano e que medidas estão a ser adotadas para solucionar as estas recorrentes ruturas no fornecimento de medicamentos.
Ao longo dos últimos tempos, têm-se sucedido relatos da rutura na disponibilização de medicamentos de dispensa hospitalar no CHA, situação que tem levado o BE a questionar o governo e, apesar destas denúncias, a situação repete-se, sem reposta por parte do governo e continuando por resolver.
Leia aqui a pergunta dirigida ao governo.
Por Bloco Esquerda/Algarve