No passado dia 17 de abril de 2016, realizou-se em Mérida uma reunião com representantes de várias organizações portuguesas e espanholas com o objetivo de organizar uma manifestação pelo encerramento da Central Nuclear de Almaraz. O Bloco de Esquerda foi uma dessas organizações.

A Central, em funcionamento desde a década de 80, ultrapassa em mais de 5 anos o seu período de vida útil e representa um risco constante para o território nacional e da Península Ibérica em geral, reprovando nos testes de resistência feitos pela Greenpeace.

A ameaça à segurança das populações, fronteiriças e não só, cresce exponencialmente, e essas populações valem mais do que os lucros anuais acima de 160 milhões dos acionistas da central (Endesa, Iberdrola e União Fenosa).  Não se toma em consideração, ainda, os problemas associados aos acidentes naturais, como sismos ou inundações, nem os sistemas externos de socorro que deveriam funcionar se os mesmos ocorressem. Para além disso, a energia produzida por esta central é irrelevante no sistema energético espanhol.

A manifestação terá lugar na cidade espanhola de Cáceres, dia 11 de Junho, sábado. Será organizado transporte a partir de vários pontos do país - entre os quais Faro - para dar aos governos de ambos os países, o sinal inequívoco da vontade popular pelo encerramento de Almaraz, também manifestada unanimemente em votação recente no Parlamento Português.

Para o Bloco de Esquerda, o argumento pró-nuclear - o baixo custo desta energia - apenas se sustenta pela imputação à sociedade dos gravíssimos custos de uma potencial catástrofe. Durante o mês de maio, os ativistas do Bloco participam em sessões de esclarecimento sobre as razões desta manifestação.

No Algarve, a sessão de esclarecimento tem lugar dia 4 de junho em Tavira, pelas 15h, no jardim das Palmeiras (frente ao mercado da ribeira) no dia 4 de junho e conta com as presenças já confirmadas de João Camargo (investigador das alterações climáticas), Domingos Terramoto (ativista para as questões ambientais da Ria Formosa) e Artur Sanina (deputado municipal em Tavira eleito pelo Bloco).

Está já on-line o site que permite a todas as pessoas obterem a informação mais detalhada, acerca da manifestação e inscrever-se na mesma: fecharalmaraz.org.

O perigo representado pela central nuclear de Almaraz não pode ser ignorado nem negligenciado.
Não queremos um novo Chernobil ou uma nova Fukushima junto à fronteira portuguesa e sobre o Tejo. Queremos fechar a central de Almaraz. Que descanse em paz.
 

Por: Bloco de Esquerda Algarve