António Dores, antonio.humberto.dores@gmail.com

Nessa noite abençoada, escutei o teu canto Amor

De Sereia enamorada, cheia de luz e de cor

Adormeci no teu regaço, nos teus braços amantinos

Fiz do meu Sonho cansaço, fiz dos teus braços meninos

Procurei-te no meu sonho, procurei-te nesse mar

Enquanto cumpria a viagem, de um longo e perigoso caminhar

Andava pela superfície das águas essa lua que brilhava

E eu descalço no convés, tentava agarrar essa aragem

Que escapulia-se entre os meus dedos como se fossem segredos

Enrodilhados nas velas, enfunadas de rochedos…

Foi essa a minha perdição, deixar-me encantar por esse canto

Que depressa se transformou, em súbito e incontido pranto…

Agora estava tudo perdido, o mar, o barco, o abrigo

Tudo se afundava depressa

Pois tudo o que me segredaste ao ouvido

Foi canto por mim percebido

Como versos de promessa…!