O apelido Castañeda (fig. Brasão) ou Castanheda em Português é proveniente da cidade do mesmo nome nas Astúrias.
Quem usou o apelido em primeiro lugar foi Guterre Rodrigues, filho segundo de Rodrigo Dias das Astúrias, Rico-homem, Conde de Oviedo e Senhor do solar de Navas e Noronha.
A ascendência deste Rodrigo Dias entronca na dinastia Real Asturiana (722-1037), herdeira da monarquia Visigoda (418-711), por via do Rei D. Fruela II ”o Leproso” (924+925) e de Nunila Jimena de Navarra (filha de D. Sancho I Garcês, Rei de Navarra e de Toda Aznar).
Ordonho “o Cego” foi filho de D. Fruela II e de Nunila. Foi cego pelo seu primo D. Ramiro II, Rei de Portugal (925-931), que para reinar também na Galiza e em Leão (931-965) mandou cegar o irmão e os primos. Ordonho casou com a bisneta do seu carrasco, Cristina Bermudez de Leão (filha do Rei de Leão D. Bermudo II “o Gotoso” e de Velasquita).
Afonso Ordoñez, filho dos anteriores, teve morte violenta (c.1057). Era casado com Justa e foram pais de Rodrigo.
Rodrigo Afonso das Astúrias casou com Gónia e faleceu em 1011.
Diogo Rodrigues das Astúrias foi Conde de Oviedo (1011-63). Casou com Ximena, filha natural do Rei de Leão D. Afonso V “o Nobre” e de Elvira e por sua vez foram pais de Rodrigo Dias de Castañeda e avós de Guterre Rodrigues de Castañeda.
Guterre Rodrigues foi pai de Nuno Guterres de Castañeda “o das quatro mãos” porque indo o Rei de Castela prisioneiro dos Navarros, este tirou a lança a um deles, dando a sua ao Rei e assim mataram dois e aprisionaram outros dois… ganhando a batalha.
No Algarve, o apelido está associado a Lourenço Rosso de Castanheda, nascido em Tavira por volta de 1330 e era filho de Giacomo Rosso. Foi capitão da Armada Costeira, casou com uma senhora da Sicília di Palermo, segundo o genealogista Miguel de Sousa.
Giacomo Rosso e Sancha Durães de Castañeda foram os pais de Lourenço Rosso. Giacomo nasceu na Catalunha em cerca de 1295 e foi provavelmente capitão na armada do 1º Almirante de Portugal, Manuel Peçanha (1317).