Castro Marim «está no pelotão da frente» dos concelhos com produtores e serviços aderentes à estratégia Natural.pt, que visa a valorização das áreas protegidas, disse hoje o secretário de Estado do Ordenamento do Território e da Conservação da Natureza.

Miguel Castro Neto esteve no concelho algarvio a fazer a apresentação da estratégia nacional que abrange 46 áreas protegidas e 85 concelhos em todo o país e justificou a escolha de Castro Marim por o concelho estar na “vanguarda” da adesão de promotores que exploram recursos endógenos e serviços em ligação com a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António.

“Esta vinda a Castro Marim também resultou do facto de estar um pouco na vanguarda e de ser um dos territórios do nosso país onde a estratégia Natural.pt foi mais bem acolhida”, afirmou o governante.

Miguel Castro Neto remeteu a contabilização do número concreto de adesões já alcançadas pela estratégia para uma apresentação a realizar a 24 de julho em Sintra, mas adiantou que foram “já ultrapassadas as três centenas de produtos e serviços que aderiam ou estão em fase de adesão”.

O secretário de Estado assistiu hoje à assinatura de protocolos entre o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e nove empresas ou associações que formalizam a adesão à marca Natural.pt, que “distingue produtos endógenos ou serviços relacionados com as áreas protegidas da sua zona e cumprem determinados critérios de qualidade”, observou.

A marca Natural.pt conta com um portal com informação sobre os recursos naturais das áreas protegidas e sobre “as microempresas que existem nestes territórios” que fornecem “produtos e serviços únicos assentes em valores identitários e específicos de cada zona”, frisou.

Miguel Castro Neto sublinhou, ainda, que “o turismo de natureza e as atividades relacionadas com a natureza são objeto de interesse crescente dos turistas nacionais e internacionais” e o objetivo deste portal é que, “quando um turista visita uma área protegida e conhece os valores naturais, conheça também todo o capital cultural e humano que existe nesse território”.

O governante acrescentou que os aderentes podem ser “empresas da hotelaria e restauração”, mas “também de produtos da indústria extrativa, como o sal, o mel” ou “um rancho folclórico, uma chega de bois, um projeto de investigação”.

O presidente da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral, considerou que o concelho já tinha uma dinâmica empresarial ligada à área protegida e a adesão ao Natural.pt vai permitir “divulgar e promover ainda mais os produtos locais” e “criar uma oferta turística distinta do sol e praia do litoral algarvio”.

 

Por: Lusa