A CIMPOR, no âmbito da sua Agenda de Sustentabilidade, está empenhada em contribuir fortemente para a economia nacional, criando e partilhando riqueza, ao mesmo tempo que promove o bem-estar dos colaboradores e das comunidades onde se insere, sem nunca perder de vista a preservação ambiental.

Alcançar a neutralidade carbónica em 2050 é, sem dúvida, o maior dos desafios que a CIMPOR abraçou na sequência do Acordo de Paris de 2015. Muito se tem feito nesse caminho, com metas já definidas até 2030, e é assegurado que muito mais se irá fazer,

Segundo dados da empresa, foi reduzido o consumo de água em 20% ao longo de três anos e evitada a emissão de 78% de partículas desde 2012, para dar apenas alguns exemplos. Além disso, a CIMPOR está prestes a concluir três parques fotovoltaicos, um em cada uma das suas unidades de produção em Portugal, o que permitirá evitar 1.100 toneladas de emissões indiretas de CO2 por ano. Juntamente com o investimento na recuperação de calor residual para a produção de energia elétrica, os painéis selares fotovoltaicos irão suprir 30% das necessidades de potência elétrica.

Para os próximos anos, a empresa compromete-se ainda a expandir os investimentos na modernização das suas instalações industriais e, também, em Investigação & Desenvolvimento, num esforço global que ultrapassará os 100 milhões de euros, ao apostar cada vez mais em energias renováveis, eficiência energética, combustíveis "zero-carbono" e em tipos inovadores de cimento, mais sustentáveis.

Além disso, está já envolvida em projetos europeus ou a estudar a construção, ainda durante esta década nas nossas fábricas, de instalações-piloto destinadas a demonstrar a viabilidade de algumas tecnologias de descarbonização da sua indústria que irão começar a ter o seu impacto pleno a partir de 2030.

A   CIMPOR acaba de elaborar o Relatório Integrado 2020, que resume a atividade recente da empresa e que tem um especial enfoque no rumo de desenvolvimento sustentável que assumiu. A meta é progredir com uma visão de excelência - e também de transparência -, junto dos parceiros.

Segundo Relatório Integrado 2020 da CIMPOR, o volume de negócios total da CIMPOR Portugal Cabo Verde Operations SGPS, S.A. em 2020 continuou a crescer, consistentemente, tanto no mercado doméstico como no externo, em comparação com o ano anterior.

O lucro líquido também teve um crescimento positivo, comparado com 2019, apesar do período desafiante desencadeado pela crise da Covid-19, o que se reflete tanto no crescimento positivo do volume de negócios como dos custos. Além disso, as nossas taxas de utilização da capacidade na produção de cimento foram de 33%, um aumento em relação a 2019, bem como a nossa taxa de utilização da capacidade de clínquer de 2020, que aumentou para 63%.

 

Perspetivas do setor

 

O Setor da Construção Português começou 2020 a um bom nível, mas também foi afetado pela pandemia da Covid-19, como muitos outros setores. Porém, apesar dos desafios resultantes da pandemia, há razões para permanecer otimista. O setor da construção tem mostrado uma resiliência significativa face ao impacto da pandemia no estado geral da economia, com os principais indicadores do setor a continuarem positivos, relativamente ao ano anterior.

O consumo total de cimento em Portugal na segunda metade de 2020, de julho a dezembro, continuou a subir, dando continuidade ao crescimento positivo da primeira metade de 2020, aparentemente sem ser afetado pelo impacto da pandemia. O ano terminou com uma variação positiva superior a 11% face ao ano anterior. Na prática, pode quase concluir-se que o consumo total anual evoluiu como se a pandemia não tivesse existido. Numa perspetiva um pouco mais ampla e como indicado em alguns estudos, apenas se verificou uma redução na procura de betão.

 

Perfil Financeiro

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O capital financeiro representa o conjunto de fundos, incluindo a dívida e fundos de capitais da CIMPOR, os fundos que usa para a produção e a prestação de serviços, e aqueles obtidos através de empréstimos, ações, obrigações, subvenções ou incentivos, operações, e investimentos.

Porém, os incentivos visando melhorar a eficiência energética das operações também contribuem para o capital financeiro, como ossubsídios do Programa H2020 da União Europeia, durante 2020, pelos projetos de I&D focados na redução da pegada carbónica da empresa. É crucial compreender como o valor financeiro é criado, em particular a relação entre os diferentes tipos de capital e como eles se afetam mutuamente. Para garantir que obteve o máximo de resultados positivos através dos investimentos financeiros e das ações, a empresa precisa de garantir uma interação positiva entre esses diferentes tipos de capitais.

É preciso ainda avaliar os Impactos económicos mais vastos das atividades, produtos e serviços da organização na sociedade, como a criação de valor com as comunidades onde a CIMPOR opera, os fornecedores, os clientes, os colaboradores, o Estado e as Municipalidades, os bancos, as universidades e a economia como um todo, através dos vários fluxos financeiros gerados.

 

Atividades de Sustentabilidade Relevantes em 2020

 

A mitigação da pegada de carbono e a transição energética são elementos essenciais da Estratégia de Sustentabilidade da CIMPOR, e com os quais está fortemente comprometida para alcançar a neutralidade climática até 2050.

A CIMPOR comprometeu-se a investir mais de 100 M€ até 2030, não só para a modernização dos ativos industriais da sua Atividade de Cimento, mas também para colocar a CIMPOR entre os mais avançados líderes do setor no uso de fontes de energia alternativas, no uso de renováveis, e no uso do calor residual de processo para produção de energia.

O volume mais significativo deste investimento será destinado a projetos de I&D para aumentar a eficiência energética, o coprocessamento, o uso de renováveis, e o desenvolvimento de novos tipos de cimento. O principal objetivo dos projetos é a redução da nossa pegada de carbono.

Muitos desses projetos terão impacto direto na mitigação de poluentes primários de fontes estacionárias, bem como de emissões de partículas fugitivas, na conservação da água e na implementação do acesso a água potável, saneamento e higiene no local de trabalho num nível de padrão apropriado para todos os colaboradores em todas as instalações, em planos de reabilitação de pedreiras e gestão da biodiversidade, entre muitos outros.

No relatório, são apresentadas todas as estratégias de gestão, onde se destaca a criatividade, transparência e honestidade. Também as partes interessadas são mencionadas no documento, onde se destacam as ONG´s, comunidades, medias locais, academias, governos e autoridades locais e organizações internacionais.

Numa estratégia claramente bem pensada, a CIMPOR avalia ainda os riscos e oportunidades financeiras e de negócio. Os riscos de negócio envolvendo quebras no EBITDA, perda de quota de mercado, dívida, reputação e imagem, ou continuidade de operações, também são monitorizados, e as medidas necessárias são tomadas em cada unidade de negócio, sob a gestão dos seus diretores e dum membro da Comissão Executiva.

Estão a ser desenvolvidos ou afinados outros meios de monitorizar os fatores de risco no seguimento da recente aquisição da CIMPOR, sendo dada particular atenção ao processo de compliance, à adoção da metodologia de auditoria contínua e ao processo da Hotline de Ética.

O relatório visa ainda os I&D e inovações, calculados com critérios rigorosos, assim como o desempenho da sustentabilidade. Destacamos aqui os definidos para a energia renovável. O objetivo de 2030 é também complementar ao investimento feito na eficiência energética, em equipamento necessário para WHRPG (Geração de Energia por Recuperação de Calor Residual), e nas tecnologias renováveis fotovoltaicas solares. Estas fontes renováveis permitirão às instalações de cimento da CIMPOR gerar autonomamente cerca de 30% das suas necessidades de energia, e reduzir as suas emissões indiretas de CO2 derivadas da geração de energia na mesma percentagem.

 

Assista agora ao vídeo realizado: