O mês arranca com uma intérprete em ascensão e traz também uma das bandas de rock mais conhecidas em Portugal, com mais de 30 anos de carreira. Mas há também teatro, cinema e música clássica.
No dia 1, o Cineteatro apresentou Ana Lua Caiano, uma jovem intérprete portuguesa que combina de forma magistral a música tradicional com a música eletrónica. Ana Lua Caiano, que já foi considerada artista revelação com os seus primeiros dois EPs, tem corrido o mundo em digressão com o álbum de estreia “Vou ficar neste quadrado”, que já lhe valeu vários prémios; entre eles, foi distinguida com o de Melhor Canção nos Globos de Ouro de 2024, com o tema “Deixem O Morto Morrer”. Em 2025, Ana Lua Caiano ganhou também o Prémio da Crítica 2024, no Festival Play, Prémios da Música Portuguesa. O concerto é no domingo, às 17h00.
No dia 6, teatro para escolas e para famílias, com duas sessões, às 10h30 (escolas) e 19h00 (público em geral). A peça chama-se “A Revolta dos Sapatos”, pela Associação Figo Lampo. Uma estória sobre sapatos que é afinal uma estória de vida, com o apoio da Bolsa de Apoio ao Teatro de Loulé.
Nos dias 7 e 8 de junho, está de regresso a Festa do Cinema Italiano, com dois filmes (um no sábado, um no domingo) e um jantar com gastronomia italiana (no sábado). É no Auditório do Solar da Música Nova, numa coprodução com a Associação Il Sorpasso.
E no dia seguinte, a 9 de junho, arranca a primeira de quatro sessões de “O Amante”, na Cerca do Convento do Espírito Santo. A peça, levada à cena pela Mákina de Cena, é inspirada na obra homónima de Harold Pinter que explora a intimidade de um casal, em que tudo é questionável e a humanidade surge da mentira e do erotismo. A peça, uma coprodução entre a Mákina de Cena, Cineteatro Louletano e Teatro do Eléctrico, tem lugar entre os dias 9 e 12, às 21h00, e é apoiada pela Bolsa de Apoio ao Teatro.
No dia 13, também às 21h00, há música clássica, com a Orquestra do Algarve. “Canções Heroicas”, uma encomenda do Cineteatro Louletano, tem a direção do maestro titular Pablo Urbina e celebra a obra de Fernando Lopes-Graça. O concerto destaca-se pela profundidade histórica e artística, manifestando a atualidade e a relevância cultural e política das partituras criadas como forma de resistência durante o Estado Novo.
No dia seguinte, a 14, é a vez dos Blind Zero subirem ao palco do Cineteatro Louletano. No sábado, às 21h00, esta banda icónica da música rock portuguesa já com 31 anos de carreira traz a Loulé o álbum “Courage and Doom”, num espetáculo químico e intemporal, revelador de uma grande criatividade e energia. Neste concerto, haverá tempo para escutar ainda alguns clássicos intemporais como “Recognize”, “Slow time love” e “Shine on”, entre outros.
No dia 15, domingo, às 17h00, oportunidade para ver e ouvir alguns dos maiores talentos locais da música clássica, provenientes do Conservatório de Música de Loulé – Francisco Rosado. É a 5.ª edição do “Concerto de Laureados” desta escola de música – o único conservatório de ensino público de música a sul do país, que apresenta os vencedores dos concursos internos em vários instrumentos. Esta é uma merecida oportunidade de “brilharem” num palco histórico, o do Cineteatro Louletano.
No dia 20, há teatro, uma coprodução que é também uma estreia, do Projecto Casa. “Se não for tu”, de Era Rolim, é às 21h00. “Se não for tu” é uma obra coreocinematográfica que transita entre o teatro e o cinema. A trama acompanha Sueli, uma mulher marcada pela perda trágica dos pais num acidente de viação. Sueli torna-se obsessiva, tentando saber o que aconteceu nos 30 segundos que antecederam o desastre, mergulhando em universos surreais em busca de respostas. O Projecto Casa é uma iniciativa conjunta do Cineteatro Louletano, O Espaço do Tempo (Montemor-o-Novo) e Centro Cultural Vila Flor (Guimarães) que apoia jovens criadores na área das Artes Performativas.
E a fechar o mês, música com o ciclo Ilustres Desconhecidos. Desta vez, o nome escolhido é Susie Filipe. Ainda que não seja totalmente desconhecida do público (é atriz e tem colaborado em várias peças teatrais e musicais, entre elas “Soundcheck” que já veio ao Cineteatro Louletano com o Teatro da Didascália) Susie - que é baterista, mas também toca guitarra e piano - encontra-se agora a cimentar uma carreira a solo como multi-instrumentista. “Em Tempo Real”, no dia 21 de junho às 21h00, no Cineteatro, é um espetáculo em que tudo acontece como o nome indica: música, poesia e teatro.
Com uma programação de referência (que pode consultar no site e nas redes sociais do Cineteatro), o CTL está credenciado pela Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses, integrando ainda a Rede de Teatros com Programação Acessível e proporcionando espetáculos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa para Surdos (com “S” maiúsculo são falantes de Língua Gestual Portuguesa), outros com Audiodescrição, para pessoas cegas ou com deficiência visual e ainda Sessões Descontraídas adaptadas a vários públicos, entre eles pessoas neurodivergentes.
O CTL é uma estrutura cultural da Câmara Municipal de Loulé no domínio das artes performativas, e um dos promotores da Rede Azul – Rede de Teatros do Algarve e da Rede 5 Sentidos.