Maria Clara Ramos Alves Borges de Andrade nasceu em Cascais, em 1962, onde reside. No ano de 2005, escolheu a cidade de Olhão para estabelecer o seu refúgio, passando aqui várias temporadas ao longo do ano, dando forma a muitas das suas colagens.
Preocupada com várias causas sociais e ambientais, a artista é adepta da reciclagem, e os seus trabalhos são realizados exclusivamente com recortes de papel usado, reutilizando revistas, jornais, fotos e outros suportes em cartão e papel. A tesoura, o papel e a cola, são os instrumentos para a realização desta técnica, vulgarmente denominada “colagem analógica”.
Autodidata e sem qualquer pretensão de seguir uma linha, orientação ou estilo artístico, o que move Clara Andrade é o ato de, a partir de alguns pedaços de papel, criar uma espécie de cenário.
Gosta sobretudo de imagens fortes, com impacto, seja pela mensagem, seja pelas cores contrastantes.
Uma das particularidades que mais aprecia introduzir nos seus trabalhos é a ilusão dos objetos em movimento: maçãs a rolar, sapatos a voar, figuras a trepar, ou pernas a caminharem sozinhas são alguns exemplos.
A exposição «(RE)CREAÇÕES» está patente até final do mês, de terça a sábado, das 10h30 às 17h00.
Por CM Olhão