Numa grande demonstração pública de apoio, perto de 300 pessoas passaram pelo Coreto do Jardim Pescador Olhanense, na quinta-feira, 2 de setembro, pelas 19h, para assistir à apresentação de todos os candidatos da Coligação «Olhão para Todos», liderada pelo PSD, e que integra os partidos MPT, PPM e Aliança.

Álvaro Viegas, candidato à Câmara Municipal, Abúndio Sousa, candidato à Assembleia Municipal, Manuel Carlos, presidente recandidato à União de Freguesias de Moncarapacho e Fuseta, Eduardo Palminha, candidato à Freguesia de Quelfes, Cláudia Sofia Sousa, candidata à Freguesia de Olhão e Luís Serra, candidato à Freguesia de Pechão, apresentaram as suas listas, num evento ao ar livre, aberto a todos e respeitando as medidas de segurança, tendo também sido transmitido em direto nas redes sociais.

A apresentação começou com a intervenção do mandatário Luiz Trindade, presidente do PSD Olhão, que apontou “o verdadeiro adversário da democracia que temos de combater ferozmente”: a abstenção.

Seguiram-se as intervenções dos representantes regionais dos partidos da coligação. Telmo Martins falou em nome do Aliança e David Calado interveio em representação do PPM.

David Santos, o atual presidente do PSD Algarve, também usou da palavra, salientando o clima de perseguição e medo vivido em Olhão por todos os que se manifestam contra o PS, no poder há 45 anos. “A política não pode ser passada de pai para filho, nem de amigo para amigo. Não pode ser uma oligarquia! A política tem de ser a vontade do povo, mas a vontade do povo livre e não uma vontade condicionada”, disse.

O deputado Cristóvão Norte também marcou presença e fez questão de deixar fortes palavras de apoio à candidatura. “O Álvaro Viegas é um homem com incontroversa capacidade política. O seu currículo fala por si”, evidenciou. Exultando a que, no dia 26 de setembro, o povo diga não “à perpetuação de um poder que faz mal a Olhão e aos olhanenses”, o deputado lembrou que “no Algarve, nos últimos anos, os presidentes do Partido Socialista que são eleitos para o último mandato nunca o concluem, porque desertam para a Assembleia da República. Toda a gente no Algarve sabe que, se o atual presidente da câmara de Olhão for eleito, ele não fará quatro anos”, advertiu.

Após um momento musical protagonizado pelo cantor olhanense Luís Guilherme, autor do hino de campanha que haveria de encerrar o evento, foi apresentada a lista candidata à Câmara Municipal, seguindo-se o momento mais aguardado: o discurso do líder da candidatura.

Álvaro Viegas dirigiu as primeiras palavras aos 138 candidatos que integram a Coligação “Olhão Para Todos”, enaltecendo a sua coragem. “A minha primeira palavra vai para estes homens e mulheres que dão a cara, não têm medo, não se vergam, nem se vendem por um emprego, por uma avença, por um projeto aprovado”, disse.

Assegurando que consigo “Olhão manterá a sua genuinidade e ganhará em identidade”, Álvaro Viegas passou a expor as principais propostas do programa eleitoral, apresentadas na íntegra no jornal de campanha lançado durante o evento. 

“A prioridade das prioridades, nos próximos anos, será a despoluição da Ria Formosa”, sublinhou, assumindo o compromisso de “alocar 10% do orçamento camarário anual, cerca de 3 milhões de euros, para de forma gradual irmos descobrindo e resolvendo a origem das descargas ilegais dos esgotos domésticos”.

De entre as 64 medidas apresentadas no programa eleitoral, o candidato a presidente da Câmara Municipal destacou: a construção de um parque da cidade na Freguesia de Quelfes; a reabilitação urbanística em colaboração com os proprietários dos imóveis abandonados; a recuperação de estradas e caminhos longe da frente ribeirinha; a construção de uma verdadeira variante com 4 faixas de rodagem; a construção de um complexo desportivo com pavilhão multiusos, para a realização de provas e eventos nacionais e internacionais; a diversificação da base económica do concelho, recuperando e aumentando as zonas industriais para atrair mais empresas tecnológicas e de indústrias não poluentes; a criação da maior via comercial do Algarve, desde a rotunda do cubo até à Avenida 5 de outubro, dinamizando as placas centrais com quiosques e animação cultural; uma aposta contínua na manutenção das habitações sociais e a abertura de oportunidades para os arrendatários comprarem as suas habitações a preços justos; traçar uma estratégia para a construção de creches e jardins de infância em todas as freguesias; reduzir o IMI para o valor mínimo de 0,30% e reduzir as taxas de resíduos sólidos e saneamento básico.

A terminar o seu discurso, incisivo e muito aplaudido, Álvaro Viegas disse querer construir “uma autarquia mais democrática, mais transparente, mais próxima das pessoas e do pequeno e médio empresário, uma autarquia com uma visão mais abrangente da realidade do concelho e não só de uma avenida”.

Deixando o repto para que todos se mobilizem para ir votar, Álvaro Viegas concluiu afirmando que “podemos fazer História no dia 26 de setembro, interrompendo um ciclo de 45 anos de gestão socialista em Olhão”.