Concessão de novos empréstimos recuou em abril face a março para 1.320 milhões de euros. Já a taxa de juro média subiu para 1,06%.

O recurso ao crédito habitação continua a ser a solução encontrada por muitas pessoas para comprar casa. E a verdade é que os bancos têm mostrado disponibilidade para emprestar dinheiro, apesar do momento delicado que se vive, marcado pela subida das taxas Euribor e da inflação, por exemplo. Também há novos limites de idade em vigor desde abril, o que em parte poderá ajudar a justificar o facto da concessão de novo crédito habitação ter abrandado face ao mês anterior, para 1.320 milhões de euros. Já a taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação subiu para 1,06%, sendo este o valor mais elevado desde julho de 2020.

Os dados divulgados esta quinta-feira (2 de junho de 2022) pelo Banco de Portugal (BdP) não deixam margem para dúvidas. Em abril de 2022, os bancos concederam 1.320 milhões de euros em novo crédito habitação, bem menos que no mês anterior (1.691 milhões de euros) e ligeiramente mais que no período homólogo (1.220 milhões de euros).

“Em abril, os bancos concederam 1.910 milhões de euros de novos empréstimos aos particulares, uma diminuição de 554 milhões relativamente a março. O montante emprestado desceu em todas as finalidades. O crédito para habitação totalizou 1.320 milhões de euros; o crédito para consumo diminuiu para 416 milhões de euros, e o crédito para outros fins decresceu para 175 milhões de euros (os valores registados em março foram, respetivamente, 1.691, 513 e 260 milhões de euros)”, lê-se no boletim do BdP.

Relativamente à taxa de juro média dos novos empréstimos à habitação, o regulador e supervisor revela que subiu para 1,06%, tendo sido de 1,03% em março. “Este valor é o mais elevado desde julho de 2020”, conclui a entidade liderada por Mário Centeno. 

 

Por: Idealista