Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Asociación Latino Americana de Tórax (ALAT), European Respiratory Society (ERS) e representantes de Angola, Moçambique e Cabo Verde assinam no dia 5 a constituição desta Associação Internacional sem fins lucrativos.
Foi em Amesterdão, no passado dia 27 de Setembro, durante o Congresso Internacional da ERS, que todos os países de língua portuguesa se reuniram para assinar a carta de intenções que traz a Portugal o conjunto de organizações que farão da ARELP uma ferramenta de promoção da saúde respiratória nos países de língua Portuguesa.
Os estatutos estão criados e a sua assinatura está marcada para a sessão de abertura do XXXI Congresso de Pneumologia que será no dia 5 de novembro às 17h00. A Associação será composta por membros Fundadores, membros Filiados, membros Individuais e membros Honorários. SPP, SBPT, ALAT e ERS foram identificados com membros Fundadores, representando as maiores sociedades respiratórias e reconhecidas como tal no espaço da língua portuguesa. Os membros Filiados serão organizações que têm missões similares às dos membros Fundadores e que possam contribuir substancialmente para os objetivos da associação. Os membros Individuais serão profissionais da área respiratória que residam no espaço da língua Portuguesa e que estejam melhor posicionados para representar a comunidade respiratória nos países sem sociedades ou organizações nacionais. Os membros Honorários serão eleitos por Assembleia Geral.
O Comité Executivo da ARELP constituirá o Fórum de Associações Respiratórias de Língua Portuguesa (FARELP), como um grupo de trabalho cujo objetivo será focado em atividades relacionadas com a educação médica e a promoção da saúde respiratória.
Lausanne será o domicílio da ARELP e o serviço de secretariado será prestado a partir da Sociedade Portuguesa de Pneumologia. A presidir à ARELP estará inicialmente um líder de opinião da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.
Apesar da iniciativa ter partido de Portugal, estamos perante uma organização aberta e recetiva ao estabelecimento de relações multilaterais com outras sociedades científicas, tendo por base a criação de parcerias, a partilha de conhecimentos e experiências, assim como a promoção da língua portuguesa enquanto elemento de intercâmbio científico nos países lusófonos.
Segundo Carlos Robalo Cordeiro, Presidente da SPP, a ARELP constitui «um passo importante não só na afirmação da língua Portuguesa como elo de ligação e partilha de conhecimento, como também uma forma de atenuar as discrepâncias existentes no que toca ao acesso à formação e conhecimento na área da Pneumologia. Queremos fomentar o apoio à formação e à promoção da saúde respiratória nesses países, facilitando o acesso a estágios, a bolsas, a diversos programas de formação e aos formatos digitais das revistas de Pneumologia portuguesa e brasileira».
Por: Multicom