Cónego Carlos de Aquino lamentou perversão do sacramento da Penitência
Fotos © Samuel Mendonça/Folha do Domingo
No aprofundamento que apresentou no passado dia 5 deste mês sobre a bula do Papa de proclamação do Jubileu 2025, o cónego Carlos de Aquino explicou que Francisco também aborda a importância de valorização do sacramento da Penitência.
“Estou a chamar a atenção para uma realidade que deveríamos aprofundá-la na catequese, em grupos, em famílias, com os padres – o sacramento da Reconciliação – que também valorizamos pouco e que fomos abandonando ou porque não temos consciência de pecado ou porque não sentimos necessidade de nos confessar ou porque temos vergonha de assumir a culpa e o mal que fizemos”, lamentou na reflexão que apresentou em Faro, no salão paroquial de São Luís.
O sacerdote da Diocese do Algarve considerou que a identificação daquele sacramento com a comunhão perverteu o próprio “viver cristão”. “Porque não nos confessamos, não comungamos, não sentimos essa necessidade. Mas nós não nos confessamos só para comungar, confessamo-nos para crescer na santidade, para permanecermos na vida cristã na santidade”, prosseguiu, questionando: “sem valorizarmos este sacramento na nossa vida como é que podermos ser santos, viver em júbilo este ano em comunhão com o Senhor?”.
O sacerdote lembrou ainda que “o sacramento da Penitência é a celebração sacramental da misericórdia do Senhor e deve ser sempre fonte de grande alegria”.
Folha do Domingo