O pedido de reunião tinha sido dirigido pela Plataforma ao partido político, no âmbito dos encontros que a PALP tem solicitado a todos os grupos parlamentares da Assembleia da República, e decorreu de “forma profícua” e com “comunhão de ideias” entre as partes, disse à agência Lusa Joaquim Correia, dirigente nacional do PEV.
“Viemos ao local para nos inteirarmos de toda a movimentação na luta de autarcas, da PALP e da população contra a exploração e prospeção de petróleo no Algarve e posso dizer que houve uma comunhão de ideias”, afirmou Joaquim Correia.
Este responsável adiantou que, durante o encontro com a PALP, “foram analisados os contratos com os consórcios que vão fazer a prospeção e exploração” e disse que “a conclusão é a de que estes não defendem o interesse público”.
“Não foi salvaguardado o interesse público, porque não existem sequer estudos da prospeção e, durante a exploração, se houver, o Estado recebe menos de 10%. E isso não defende de forma nenhuma o interesse público”, afirmou Joaquim Correia.
O dirigente do PEV considerou que, após a Cimeira do Clima de Paris (COP21), Portugal “precisa é de mudar de paradigma energético e de fazer uma aposta nas energias renováveis”, em vez de conceder licenças para prospeção e exploração de combustíveis que contribuem para o aumento das emissões de carbono na atmosfera e são potenciadoras do “efeito de estufa”.
Joaquim Correia apontou a energia solar como uma das renováveis que podem ser exploradas em Portugal e defendeu a necessidade de reforçar o transporte coletivo, nomeadamente a ferrovia.
A reunião realizou-se ao início da tarde em Loulé, na sede da Associação de Defesa do Património Cultural e Ambiental do Algarve - Almargem, uma das integrantes da PALP, estrutura que é composta por outras entidades e associações que se opõem à prospeção e exploração de gás natural e petróleo na região, tanto no mar como em terra.
Em novembro, a PALP apresentou uma petição com mais de 7.000 assinatura a pedir à Assembleia da República para impedir a prospeção e exploração de petróleo no mar algarvio, reivindicação que também faz a Associação de Municípios do Algarve (AMAL), defensora de uma região que aposte em “energias limpas” e num setor turístico “forte”.
Por: Lusa