O autor, que conquistou o Prémio LeYa 2021 com o romance “As Pessoas Invisíveis”. A ele juntaram-se alguns amigos que o acompanham na vida e na viagem que inspirou a obra apresentada, Luís Gomes, Carlos Barros e Carlos Lança.
Entre os meandros de uma história que revista um dos momentos mais trágicos da história colonial portuguesa, ficou o mote para a reflexão sobre uma profunda incapacidade do poder em olhar para “as pessoas invisíveis”.
Sublinhada ficou também a feliz coincidência deste ser o dia em que a Assembleia da República aprovou por unanimidade um voto de saudação pelo centenário do nascimento do arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles (que morreu em 2020 e que inspirou José Carlos Barros no seu percurso profissional, arquiteto paisagista de formação) e o mesmo em que reconheceu o Prémio LeYa em causa.
Num momento descontraído, de encontro e de partilha, trouxe-se o livro à narrativa do quotidiano, à rua e ao espaço informal, uma política que tem sido o apanágio da Biblioteca Municipal de Castro Marim. A realçar ainda os apontamentos musicais trazidos por colaboradores do Município de Castro Marim, um valioso estímulo para este que foi o primeiro sunset literário promovido pela autarquia, que pretende agora tornar a iniciativa regular.
José Carlos Barros nasceu em Boticas em 1963, mas é hoje nosso vizinho, residente em Cacela. Foi vice-presidente na Câmara Municipal de Vila Real de St. António e ainda deputado na Assembleia da República (2015-2019). É autor de vários livros de poesia, tendo já conquistado por duas vezes o Prémio Nacional de Poesia Sebastião da Gama, e de dois romances anteriores – “O Prazer e o Tédio” e “Um Amigo para o Inverno”.