Baixos juros e novos apoios para jovens estão a aumentar a procura por crédito da casa no país, admite banca.
Os bancos confirmam que houve um aumento da procura por crédito habitação nos primeiros meses de 2025. Este movimento foi gerado tanto pela descida dos juros como pelos novos apoios destinados à compra de casa por jovens (isenção de IMT e garantia pública). E admitem que, pelo menos, até junho vai continuar-se a assistir a esta tendência.
Os resultados do Inquérito aos Bancos sobre o Mercado de Crédito do Banco de Portugal (BdP) revelam que as instituições de crédito residentes no nosso país sentiram “um aumento da procura” de empréstimos no primeiro trimestre de 2025 face ao trimestre anterior, “sobretudo no segmento da habitação”.
E porque é que isso aconteceu? “Na habitação, o nível geral das taxas de juro, o regime regulamentar e fiscal do mercado da habitação e, em menor grau, a confiança dos consumidores contribuíram para o aumento da procura”, explica o relatório do BdP. Recorde-se que a isenção do IMT e a garantia pública têm estimulado – e muito – a compra de casa pelos jovens até aos 35 anos nos últimos meses. 
Os bancos esperam também que haja “ligeiro aumento da procura de empréstimos” por parte dos particulares no segundo trimestre de 2025. Ou seja, deverá continuar a assistir-se à elevada procura por crédito habitação no país, pelo menos, até junho.
Quanto à oferta, os bancos dizem que não houve alterações nos critérios de concessão de crédito habitação nos primeiros três meses de 2025. Já quanto aos termos e condições, admitem que nos empréstimos da casa houve “uma ligeira diminuição do spread aplicado nos empréstimos de risco médio”, gerada pela concorrência entre a banca, e “da restritividade associada ao rácio entre o valor do empréstimo e o valor da garantia (loan-to-value)”.  
Até junho, os bancos antecipam que haverá “critérios de concessão de crédito ligeiramente menos restritivos (…) no crédito a particulares”, onde os empréstimos habitação estão incluídos.
 
Idealista News