A salvaguarda do património cultural arquitetónico, arqueológico e paisagístico, assim como do património imaterial, é uma das atribuições da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, I.P. desde a integração, no início de 2024, dos serviços regionais de Cultura.
Na sua esfera de atuação, incluem-se igualmente os estudos, projetos e obras, a programação e promoção cultural e o incentivo à leitura e ao acesso à informação, uma área agora integrada na competência da Unidade de Cultura.
Desde a sua integração a Unidade de Cultura da CCDR promoveu a concertação permanente com outras entidades da administração pública e os agentes culturais de proximidade. Resume -se nesta nota parte do trabalho desenvolvido ao longo do ano de 2024 pela Unidade de Cultura. 
 
Na salvaguarda administrativa do património foram desencadeadas as seguintes ações: 
Instrução e submissão, ao Património Cultural, I.P., de 204 pareceres sobre Pedidos de Trabalhos Arqueológicos (PATA);
Análise e instrução de parecer de 115 relatórios de trabalhos arqueológicos; 
Análise e instrução de parecer um total de 62 Notas Técnicas de Trabalhos Arqueológicos.
Emissão de 290 pareceres técnicos especializados, sobre intervenções urbanísticas em imóveis do património cultural classificados ou em vias de classificação e respetivas zonas de proteção, assim como em áreas de sensibilidade arqueológica não abrangidas por zonas de proteção, integrando as matérias especializadas de arquitetura, arqueologia e conservação e restauro;
Emissão de 41 pareceres sobre intervenções de conservação e restauro em imóveis e móveis integrados do património cultural classificado e três pareceres relativos a Património Cultura Imaterial;
Realização de 75 ações de fiscalização/acompanhamento da execução de intervenções de conservação e restauro em imóveis e móveis integrados do património cultural classificado;
 
 
Realização de 32 ações de fiscalização/acompanhamento da execução de intervenções arqueológicas;
Emissão de 22 pronúncias relativas a direito de preferência por parte do Estado sobre bens imóveis situados nas zonas de proteção a imóveis classificados ou em vias de classificação; 
Realização de 80 reuniões de serviço com requerentes sobre projetos de intervenções urbanísticas com impacte sobre património cultural e/ou arqueológico.
A salvaguarda administrativa do património é um trabalho essencial para a sustentabilidade cultural da região, lançando a base para etapas de valorização. 
 
Durante o ano de 2024, foram instruídos e movimentados seis processos de classificação de imóveis do património cultural:
Instrução do Processo de Classificação como Conjunto de Interesse Público (CIP) da Igreja e Ruínas do Convento de São Francisco, incluindo o cemitério, o atual jardim público e o património móvel integrado (Tavira);
Instrução do Processo de Classificação da Cisterna Islâmica de Silves;
Abertura de Procedimento de classificação da Ermida Nossa Senhora da Piedade, Tavira;
Classificação do Espólio Móvel do Museu da Cortiça da Fábrica do Inglês (Silves), com Grau de Interesse Municipal – Decisão Final de Classificação.
Abertura do procedimento de classificação do Castelo de Salir, Loulé.
Proposta de ampliação da Zona Especial de proteção da Igreja Matriz de São Pedro, em Faro, com aplicação de restrições.
Numa fase mais inicial encontram-se os processos de instrução para definição da Zona Especial de Proteção do Colégio de Santiago Maior (Teatro Lethes), e das respetivas restrições, a classificação das Torres de Vigia do Algarve (Castro Marim, Vila Real de Santo António, Albufeira e Olhão) e Centro de Experimentação Agrária de Tavira (CEAT).
O trabalho de salvaguarda do património passa pela parceria e colaboração com outras entidades e agentes de proximidade, passando também o trabalho da Unidade de Cultura por fazer a articulação e representatividade na Rede de Museus do Algarve (RMA), grupo de Arqueologia e de Conservação e Restauro da RMA e, mais recentemente, na Rede Nacional do Património Cultural Imaterial (RNPCI).
Nest contexto, foi igualmente assegurada a representação da CCDR Algarve, nomeadamente na Comissão de Certificação dos Caminhos de Santiago, na Comissão Consultiva para a Edição do Município de Faro, na secção especializada permanente do Património Arquitetónico, Arqueológico e Imaterial do Conselho Nacional de Cultura e nos grupos técnicos interinstitucionais entre as CCDR e o Património Cultural, I.P. relativos ao Portal do Arqueólogo, Salvaguarda do Património Arqueológicos em Estações Agrícolas e Florestais e de Classificações de Património Cultural.
 
Destaque ainda para a articulação com o Programa Regional Algarve 2030, em particular a abertura de avisos no âmbito do Fundo Social Europeu Mais (Títulos de Impacto Social, Inclusão pela Cultura e Formações Modulares Certificadas), e a aprovação de sete estratégias para constituição de redes urbanas inter-regionais, apoiadas pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
 
Na área do Incentivo à leitura e ao acesso à informação, concretizou-se a transição do processo do Sistema de Incentivos aos Órgãos de Comunicação Social regional, com participação na Comissão de Acompanhamento dos apoios referentes a 2023 e reuniões de trabalho, relativas à apreciação e aprovação das candidaturas de 2024.
 
Para acompanhar e receber os conteúdos da CULTURA no ALGARVE, foi criada uma newsletter mensal, que pode subscrever AQUI, cujas primeiras doze edições permitiram o acesso a inúmeras oportunidades de financiamento e de formação, eventos e edições de interesse para os agentes e associações culturais, congregando informação útil que atualmente é distribuída por mais de dois mil destinatários.
 
Paralelamente, toda a informação e programação cultural é destacada na página de Facebook da Unidade de Cultura, onde é publicada semanalmente a Agenda Cultural do Algarve, um conjunto de sugestões para cada fim de semana.
 
 
 
CCDR Algarve