A ação da DECO Algarve «A paragem da vizinha é melhor que a minha!», que pretendeu denunciar o estado de degradação dos abrigos de passageiros, está a chegar ao fim. Esta é a segunda ação que a Associação realiza no setor dos transportes públicos coletivos da região.

Também esta campanha revelou a debilidade deste setor no Algarve. Ao longo deste ano denunciámos paragens, estações e apeadeiros totalmente expostos a condições atmosféricas adversas, sem assentos ou iluminação, sujos e desprovidos de informação sobre o serviço. Efetuámos três ações de rua e reunimos com entidades institucionais, procurando sempre alertar os consumidores e reivindicar o cumprimento dos seus direitos junto dos atores políticos e autoridades locais.

A maioria dos Municípios apresentaram projetos em desenvolvimento para as infraestruturas rodoviárias. Alguns deles comprometeram-se inclusivamente a abranger trabalhos em estradas nacionais, apesar de essa tarefa ultrapassar as suas competências.

Mas ainda há caminho a percorrer – por parte da entidade competente não se anteveem trabalhos de construção ou conservação nos apeadeiros e estações da ferrovia ou nas paragens localizadas na E.N. 125, ali por deliberado desinvestimento, aqui por demissão de funções, apesar das competências que lhe são diretamente atribuídas por Lei. Com efeito, não podemos conceder que determinadas áreas que reclamam intervenção urgente sejam negligenciadas com prejuízo direto para os utentes, sobretudo porque estamos a falar de um serviço de interesse geral.

Não obstante, a DECO Algarve congratula-se com as melhorias que a iniciativa trouxe à capacidade de intervenção dos utilizadores de transporte, que nos fizeram chegar mais reclamações, e pelo despertar da atenção dos governantes algarvios, que se mostraram sensibilizados para a necessidade de reabilitação e manutenção das plataformas de embarque e desembarque.

A DECO Algarve continuará a acompanhar os trabalhos anunciados e a exigir a todas as entidades competentes as intervenções necessárias nos abrigos de passageiros rodoviários e ferroviários, cujo estado também é, naturalmente, dissuasor da utilização dos transportes públicos coletivos.

 

Por: Deco