PSD quer saber qual a razão pela qual que 1 mês após reunião com o Ministro, as demissões terem sido consumadas
Cristóvão Norte « É necessário que o Governo decida sobre o modelo para que a instituição tenha organização e um rumo claro»
Os deputados do PSD, Cristóvão Norte e José Carlos Barros, ao tomarem conhecimento da concretização dos pedidos de demissão da subdiretora clínica e de quatro diretores de departamento do Centro Hospitalar do Algarve, vão requerer esclarecimentos ao Governo. Importa relembrar que os responsáveis clínicos em causa apresentaram os pedidos de demissão no final de Dezembro , tendo entretanto sido ouvidos a esse respeito na Assembleia da República - ocasião em que foram críticos de aspetos organizativos e declararam que não se verificava qualquer melhoria na instituição -, reuniram posteriormente com o Ministro da Saúde, o que os levou a darem o beneficio da dúvida e a manterem-se em funções.
Ora, pouco mais de um mês volvido, as demissões consumaram-se. Os responsáveis já não desempenham as funções vitais que assumiram, o que é particularmente grave já que sob a sua égide se encontravam áreas clínicas fundamentais.
Os deputados querem saber junto do Governo quais foram os compromissos que o ministério não cumpriu e que levou os demissionários a concretizarem as suas demissões, porque se mantem o impasse na definição do modelo para os cuidados hospitalares na região e se o regulamento interno, o qual não existiu durante 10 meses, e foi agora aprovado, foi construído em diálogo com os recursos humanos e que visão traduz para a instituição.
Cristóvão Norte afirma que «está na hora do Governo tomar decisões sobre o CHA. O impasse e a indefinição prejudicam a instituição e os cuidados de saúde prestados, os quais se reduziram em 2016. Esta tendência tem que ser contrariada. É preciso mais recursos sim, mas também melhor organização. O Governo deve fazer a sua parte. Esperamos que sim.» Por outro lado, o parlamentar assumiu que «ainda que melhoremos a organização, há outros problemas estruturais que carecem de resposta: precisamos de um novo hospital para atrair recursos humanos e o Governo decidiu adiá-lo em benefício de Évora.»
Recorda-se que, na carta de demissão apresentada, estes responsáveis tinham assinalado a falta de medidas para resolver problemas estruturais e não ser previsível a resolução desses problemas, gerando os piores índices de serviço registado nos últimos anos. Já antes, em Junho, uma carta aberta subscrita por muitos especialistas do CHA alertava para o caos que se verificava.
Por: PSD Algarve