...onde estiveram presentes o presidente do PSD/SBA, Bruno Costa, os dois deputados do PSD eleitos pelo distrito de Faro, José Carlos Barros e Cristóvão Norte, juntamente com o vogal do conselho diretivo da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS Algarve) Nuno Ramos e Arminda Lopes, diretora clínica do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, a fim de se apurar a situação atual do centro tendo em conta as últimas decisões do senhor Ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, acerca do tipo de sistema de gestão a adotar para o centro.
A 22 de junho de 2016 na Comissão Parlamentar da Saúde, o senhor Ministro da Saúde, garantiu que o CMR Sul não voltará ao modelo de Parceria Público Privada (PPP), mas não avançou concretamente com qual o modelo que seria adotado, demonstrando uma total inércia política neste assunto de grande importância, não só para os sambrasenses mas também para os algarvios e restantes portugueses que tem esta unidade de saúde como grande referência nos tipos de cuidados que disponibiliza.
Com este tipo de atitude o CMR Sul não vê o seu problema resolvido. O impasse acerca do tipo modelo de gestão a seguir, que agora se discute entre uma gestão autónoma (EPE) ou a integração no Centro Hospitalar do Algarve, apenas trará mais constrangimentos ao centro, pois nada está a ser efetivamente feito para que a unidade de saúde de medicina e reabilitação possa funcionar na sua plenitude.
Com a agravante de se correr o risco de ser adotada a integração do CMR Sul no Centro Hospitalar do Algarve num modelo de gestão que levará o centro a perder a sua autonomia e identidade, pois correrá o risco de se tornar apenas uma escapatória para os doentes vindos dos hospitais integrados no Centro Hospitalar do Algarve, o que limitará, em muito, tudo o que este centro tem para oferecer à população.
Depois de criadas falsas expetativas, ao anunciar uma suposta abertura do concurso para a concessão da gestão do CMR Sul, no passado mês de abril, a realidade acabou por vir ao de cima na última Comissão Parlamentar da Saúde, que decidiu dizer não à parceria público-privada (ainda que esta tenha sido considerada uma unidade de excelência pela Entidade Reguladora da Saúde e um modelo a seguir pelo Tribunal de Contas).
Entretanto a falta de pessoal técnico e a obsolescência dos equipamentos, faz com que este centro esteja a esta funcionar apenas a 50% da sua plenitude, estando previsto um aumento de 20% nas próximas semanas, enquanto a lista de espera aumenta e muitos que poderiam usufruir dos serviços e cuidados especializados do centro, vão perdendo a capacidade terapêutica para uma rápida e eficaz recuperação.
Perante este cenário de grande impacto na saúde pública, assistimos à vergonha de ver os cidadãos impedidos de receber a ajuda e cuidados médicos especializados, devido a uma problemática meramente política que se arrasta há mais de 3 anos.
Depois desta visita realizada pelo PSD/SBA ficámos ainda com mais certezas e convictos que é urgente avançar para uma solução que responda às reais necessidades do Centro de Medicina e Reabilitação do Sul, devendo o modelo de gestão a adotar garantir a autonomia da gestão, clínica, administrativa e financeira, por forma a «garantir o seu pleno funcionamento e uma resposta rápida e de qualidade aos doentes», pelo que será esta a nossa batalha e o desafio que os deputados do PSD eleitos pelo algarve levaram para a Assembleia da República. A bem do CMR Sul e da excelência do trabalho que é desenvolvido pelos seus profissionais continuaremos a pressionar para que se encontre uma solução o mais rapidamente possível.
Por PSD de São Brás de Alportel